Um áudio interceptado e divulgado pela inteligência militar da Ucrânia sugere que soldados russos estariam enfrentando uma grave escassez de alimentos a ponto de discutir a possibilidade de canibalismo.
A gravação, cuja autenticidade não foi verificada de forma independente, teria sido captada na região de Zaporizhzhia, um dos principais focos de combates no conflito entre os dois países.
No trecho divulgado, um militar russo afirma que a situação no campo de batalha estaria “completamente fora de controle” e diz que os soldados estariam procurando alguém “mais jovem” para matar e comer. Em outro momento, o interlocutor afirma ter afiado facas e declara que não se importa com quem teria de atacar, apenas com a necessidade de se alimentar.
Segundo a inteligência ucraniana, episódios de canibalismo estariam se tornando uma “prática comum” entre tropas russas devido à falta de rações. A agência afirma que a carência de comida no front tem levado soldados a atitudes extremas, embora essas alegações não tenham sido confirmadas por fontes independentes.
Ainda de acordo com Kiev, uma interceptação anterior, divulgada em junho, registrou a conversa de um comandante relatando que um soldado teria matado e consumido outro companheiro durante cerca de duas semanas. Na gravação, o oficial afirma que ninguém desertou e que o crime teria ocorrido dentro da própria unidade.
Relatos de casos extremos envolvendo combatentes russos também apareceram em reportagens anteriores. Em maio de 2024, um veículo russo informou que um homem acusado de canibalismo, identificado como Dmitry Malyshev, havia sido incorporado a uma unidade penal conhecida como Storm V. O texto descreveu que ele teria matado outro homem e preparado partes do corpo antes de consumi-las.
A Ucrânia afirma que oferece alimentação regular a prisioneiros de guerra russos e reforça, em suas comunicações, convites para que soldados se rendam voluntariamente caso queiram receber comida. As autoridades ucranianas dizem que prisioneiros recebem refeições três vezes ao dia.
Desde o início da guerra, Moscou tem recrutado detentos para reforçar suas forças. Inicialmente, esses presos eram atraídos pela promessa de perdão após seis meses de contrato militar. A partir de janeiro de 2024, porém, os recrutas deixaram de receber indultos e passaram a cumprir liberdade condicional, com obrigação de permanecer nas fileiras até o fim do conflito.
Do lado russo, autoridades também fazem acusações sobre dificuldades enfrentadas pelas tropas ucranianas. Em entrevista coletiva de fim de ano, o presidente Vladimir Putin afirmou que o número de desertores da Ucrânia estaria aumentando por causa da falta de comida, água, roupas e munição. Segundo ele, muitos soldados fugiriam para tentar sobreviver.
Enquanto isso, os combates em Zaporizhzhia se intensificam. A região registrou os avanços russos mais rápidos dos últimos meses, com cerca de três quartos do território ocupados desde 2022. As forças de Moscou estariam agora a aproximadamente 40 quilômetros da capital regional.
A Ucrânia afirma estar acelerando a construção de linhas defensivas para conter o avanço inimigo. O ministro da Defesa, Denys Shmyhal, declarou que obras de fortificação continuam em todas as áreas da linha de frente.
Dados divulgados por Kiev indicam que, apenas no último dia, as forças russas teriam perdido mais 1.090 soldados em combate. As informações fazem parte de uma disputa constante de narrativas, em meio à guerra, sobre perdas, moral das tropas e condições no campo de batalha.
FONTE: https://noticias.r7.com/internacional/audios-indicam-que-militares-russos-cogitam-canibalismo-no-front-por-causa-da-fome-22122025/
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