A Segunda Câmara do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) concedeu liberdade ao jornalista Max Feitosa Milas, preso no Centro de Ressocialização da Capital (CRC) desde o dia 26 de setembro, após ser pego com arma de fogo ilegal. A decisão dos desembargadores foi unânime e divulgada na tarde desta quarta-feira (16).
O relator no processo, desembargador Pedro Sakamoto, votou pela liberdade do réu e foi acompanhado pelos demais magistrados. Com a decisão, o réu teve a prisão em regime fechado substituída por medidas cautelares, entre elas o comparecimento mensal ao juízo para comprovar suas atividades e proibição de se ausentar de Cuiabá sem autorização. Não foi estabelecido ao acusado o monitoramento por tornozeleira eletrônica.
O acusado estava sob monitoramento quando foi preso do dia 26, mas havia retirado o equipamento pois, segundo ele, “jornalista com tornozeleira não combina”.
Antes de ter sido preso por porte ilegal de arma, Milas foi detido no mês de março Max durante a Operação Liberdade de Extorsão desencadeada pela Polícia Civil. Na ocasião, também foram presos Antônio Carlos Milas de Oliveira, Maycon Feitosa Milas e Naedson Martins da Silva, editor chefe do Brasil Notícias, com sede em Brasília.
De acordo com informações do delegado da Fazendária, Anderson Veiga, os jornalistas estavam envolvidos em coação e extorsão de pessoas, principalmente agentes políticos importantes, empresários com contratos no poder público, os quais foram obrigados a pagar quantias vultuosas, entre R$ 100 a 300 mil, para não terem informações divulgadas nos veículos sobre supostas irregularidades em contratos administrativos, corrupção ativa e passiva, entre outras.
Antonio Milas, pai de Max, foi solto, entretanto foi detido na semana passada, novamente acusado de tentar extorquir o empresário Filinto Muller dono da FMC Factoring e SF Assessoria e Organização de Eventos ambas citadas na Operação Sodoma.
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