O promotor de Justiça Jorge Damante, do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), solicitou novas diligências em relação ao inquérito sobre o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2023.
O pedido foi feito após o afastamento, pelo Conselho Nacional de Justiça, dos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes. Os dois mantinham estreita amizade com Zampieri.
De acordo com o CNJ, o advogado atuaria como lobista no Tribunal de Justiça, distribuindo presentes caros e propinas a magistrados para obter sentenças favoráveis.
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Além do afastamento dos desembargadores, o corregedor nacional, ministro Luis Felipe Salomão, determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e de servidores do TJMT, referentes aos últimos cinco anos.
Uma das linhas de investigação do MPMT aponta que uma decisão do desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, pode ter sido o estopim para a ordem de execução do advogado Roberto Zampieri.
A decisão envolvia uma disputa de posse de uma fazenda de 4 mil hectares em Paranatinga, onde Zampieri defendia Jesse Benedito Emídio contra Anibal Manoel Laurindo. Após Anibal questionar a imparcialidade do desembargador devido à suposta proximidade entre Sebastião e Zampieri, Sebastião suspendeu a decisão favorável a Anibal.
Até o momento, três pessoas de Minas Gerais estão presas pelo assassinato de Zampieri. Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas está preso em Cuiabá, sendo apontado como mandante do assassinato de Zampieri, junto com Antônio Gomes da Silva, executor, e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, intermediário do crime.
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