O promotor de Justiça Rodrigo Fonseca Costa, eleito pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) para assumir o cargo de Procurador-Geral de Justiça no próximo biênio, anunciou em entrevista seu foco em modernizar a instituição e intensificar as ações contra o crime organizado. Costa, que recebeu 207 votos de seus colegas, liderou a lista tríplice, que também contou com os nomes de Carlos Eduardo da Silva (70 votos) e José Antônio Borges (65 votos).
Apesar de sua eleição, o nome de Costa ainda precisará ser confirmado pelo governador Mauro Mendes (UB), que receberá a lista no dia 2 de janeiro de 2025 e terá até 15 dias para formalizar a nomeação.
O promotor também confirmou que Adriano Roberto Alves continuará como coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), destacando que o enfrentamento ao crime deve evoluir conforme as táticas dos criminosos. “Assim como o crime evolui, a gente tem que evoluir os métodos dentro da justiça”, afirmou.
Costa enfatizou que o Ministério Público tem um papel fundamental na proteção da sociedade, mas sem abrir mão dos direitos constitucionais dos cidadãos.
"Todas as instituições, inclusive a OAB por ordem, querem combater o crime organizado. Então a gente tem que criar sempre um paralelo entre o direito constitucional do cidadão e ao mesmo tempo o direito do Estado de combater o crime. Todas as instituições envolvidas, o Ministério Público, a OAB e o Estado devem participar dessa discussão para que se chegue a um denominador comum que proteja a sociedade e proteja o direito do cidadão de ser defendido", destacou.
Com relação à independência do Ministério Público e a possíveis polarizações políticas, Costa reforçou que a instituição continuará a atuar de maneira apartidária, com a missão de garantir a democracia. "A gente está aqui para garantir a democracia e ela sempre tem lados antagônicos, o que é perfeitamente inteligível. Porém, nós vamos manter a democracia", concluiu.
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