O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou a medida cautelar de monitoramento eletrônico que obrigava 14 réus a usarem tornozeleira eletrônica no processo que apura a depredação de estruturas da empresa Rumo Logística S/A para realizarem ataques a trens para roubar grãos e combustível, em Cuiabá. A decisão, desta sexta-feira (4), segue parecer favorável do Ministério Público Estadual (MPMT).
A medida atinge os acusados Roniclei Pereira Barreto, Adriano Sousa Barbosa, Thaygor de Souza Figueiredo, Warley Oliveira de Souza, Luiz Fernando Santos Garcia, Elton Júnior Tessaro Pitchenin, Juraci Cornélio da Silva, Ivonei Cornélio da Silva, Cristiano da Silva Moura, Paulo Henrique Cornélio da Silva, Francisco Matheus do Carmo Sousa, Rafael Gomes Assis, André da Silva Moura e um réu em segredo de justiça.
Segundo o magistrado, a medida foi revista por iniciativa do próprio Judiciário, após decisão anterior que havia retirado a tornozeleira de um dos corréus, Patrick Silveira Vieira, por entender que as demais cautelares eram suficientes para garantir a ordem pública e o regular andamento do processo.
A decisão considerou que os réus já estavam submetidos ao monitoramento eletrônico desde o final de 2022, sem registro de incidentes graves, e que a medida se tornara excessivamente restritiva.
"Tendo transcorrido, portanto, um lapso temporal considerável, superior a dois anos e meio para alguns dos acusados, de modo que a manutenção de uma medida tão invasiva como a utilização de tornozeleira eletrônica exige uma fundamentação robusta e atual, que demonstre a sua indispensabilidade, o que não mais se verifica ", afirmou o juiz.
As demais cautelares foram mantidas, como não sair de casa à noite, a proibição de contato entre os réus e o impedimento de se aproximarem das instalações da empresa Rumo Logística.
A QUADRILHA
Os membros da quadrilha foram presos em 2022, quando denúncias e registros de ocorrências mostraram inúmeros crimes de furtos de combustível e grãos vinham ocorrendo ao longo da malha férrea em Alto Taquari (487 km de Cuiabá), notadamente nos pátios, quando as locomotivas faziam paradas para carga e descarga dos vagões.
Após a instauração do inquérito, um dos réus foi preso em flagrante e em razão de ter furtado 28 galões de combustível de vagões pertencentes à empresa Rumo. Também participaram da ação criminosa outros três réus, incluindo Paulo Henrique Cornélio. A partir da análise de um aparelho telefônico, também foi possível identificar outros membros da organização criminosa.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.