O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, decidiu renovar por mais seis meses o monitoramento eletrônico dos réus Kennedy Douglas Torres e Débora Bianca Assis de França, acusados de integrar uma quadrilha envolvida em fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, que causou um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão às vítimas.
Os réus foram presos juntamente com outros doze acusados no âmbito da Operação Gênesis. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), a quadrilha era liderada por Ollyvander de Jesus Oliveira da Silva, integrante do Comando Vermelho (CV). Ele foi acusado de utilizar contas bancárias digitais de terceiros para receber dinheiro de golpes, como o de perfil falso no WhatsApp e o de intermediador falso de vendas.
Ollyvander recrutava pessoas para abrir contas bancárias, cujos dados ele passava a controlar por meio dos aplicativos instalados em seu próprio celular. O dinheiro obtido nos golpes era depositado nessas contas e, em seguida, sacado ou transferido pelo próprio líder ou por seus comparsas. A investigação revelou vítimas da organização criminosa em pelo menos 13 estados.
A defesa havia solicitado a revogação do monitoramento, alegando que o prazo estabelecido pela Justiça havia sido cumprido. Além disso, argumentou que as baterias das tornozeleiras descarregaram enquanto os réus dormiam. O juiz, no entanto, considerou que, apesar das justificativas, as violações são recentes e que o monitoramento continua essencial para assegurar o cumprimento da lei.
"Tendo em conta que se tratam de violações recentes e considerando os indícios amealhados até então, tenho que a tornozeleira se mostra imprescindível não só para obstar a reiteração delitiva, mas principalmente para assegurar o comparecimento dos increpados em todos os atos processuais e a consequente aplicação da lei penal", explicou Bezerra em sua sentença.
Além disso, foi determinado que outros cinco acusados sejam citados em novos endereços fornecidos pelo Ministério Público.
OPERAÇÃO GÊNESIS
A Operação Gênesis, deflagrada pela Polícia Civil em Cuiabá, teve como objetivo desarticular uma quadrilha envolvida em crimes de extorsão e estelionato, especialmente através de golpes eletrônicos. A operação, realizada em 2023, mirou suspeitos que utilizavam perfis falsos em redes sociais e aplicativos de mensagens para aplicar golpes, principalmente em vítimas fora do estado de Mato Grosso.
Os criminosos se especializaram em criar perfis falsos para enganar pessoas em negociações de vendas e também para extorquir vítimas com falsas alegações e ameaças. A operação resultou em várias prisões, apreensões de bens e o bloqueio de contas bancárias usadas pelos suspeitos. Além disso, a investigação apontou que a organização criminosa tinha ramificações em vários estados brasileiros.
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Crítico 20/08/2024
VALOR BAIXO TEM DE FICAR COM TORNOZELEIRA...... FOSSE ACIMA DE 20, 30 MILHOES, AI NAO PODE, É VERGONHOSO.........
1 comentários