[Atualizada 19h54] A Justiça determinou a internação imediata da adolescente acusada de matar a jovem Isabele Ramos, na época com 14 anos, com um disparo na cabeça no condomínio Alphaville I em Cuiabá.
A decisão foi proferida nesta terça-feira (19) pela juíza da 2ª Vara Especializada da Infância e da Juventude, Cristiane Padim da Silva.
Na decisão, a magistrada acolheu o pedido do Ministério Público Estadual (MPMT) que denunciou a adolescente por ato infracional análago a homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Na sentença não foi estipulado o tempo de internação, mas segundo o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), a jovem poderá ficar três anos internada. A medida socioeducativa terá reavaliação semestral.
No documento, a magistrada disse que o ato infracional protagonizado pela adolescente "estampou frieza, hostilidade, desamor e desumanidade".
"Com tais considerações, concluo que a execução imediata da sentença atende aos preceitos do ECRIAD, principalmente no que concerne a imprescindibilidade da prioridade absoluta e a celeridade da intervenção Estatal na proteção das crianças e dos adolescentes, evidenciando o caráter pedagógico e responsabilizador da internação determinada em face da adolescente que aos 14 anos de idade ceifou a vida de sua amiga, também de 14 anos de idade, em atuação que estampou frieza, hostilidade, desamor e desumanidade", escreveu.
A jovem matou Isabele Guimarães Ramos com um tiro na cabeça, na altura do nariz, no banheiro de seu quarto no condominío de luxo Alphaville I. O crime aconteceu em julho do último ano.
A arma com a qual a adolescente efetuou o disparo foi levada à residência por outro menor de idade, namorado da acusada. Ele teria deixado a pistola sob responsabilidade do pai da namorada. Tanto o namorado, quanto o pai da atiradora também respondem na Justiça.
Na noite desta segunda (19), a jovem que matou Isabele se apresentou na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) acompanhada do pai e da mãe. O rosto da menina estava coberto com uma toalha branca. Os responsáveis dela e o advogado de defesa, Artur Osti, não quiseram comentar a decisão.
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