A juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal, negou o pedido de liberdade formulado pela defesa do empresário Antonio Carlos Milas, preso na Operação Liberdade de Extorsão. Ele é dono de um grupo de comunicação e acusado de cobrar dinheiro de políticos e empresários em troca de não publicar atos ilícitos que descobriu dos seus alvos.
No pedido de liberdade, o empresário alega que não está mais a frente do grupo e que quer se mudar para uma área rural na cidade de Nossa Senhora do Livramento. Tais argumentos não convenceram a magistrada, que afirmou não haver fatos novos que justificassem a revogação da prisão do acusado.
Relata ainda que o pedido já foi negado em decisão anterior e reforça a negativa em decisão publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) na semana passada.
“Isso posto, não resta outra alternativa senão reportar-me integralmente aos termos da decisão anterior, inclusive no que tange aos seus fundamentos e, posto isso, indefiro novamente o pleito formulado pela defesa do acusado Antonio Carlos Milas De Oliveira, devidamente qualificado nos autos”, diz trecho da decisão.
Liberdade de Extorsão
Antonio Carlos Milas e os filhos, Max Milas e Maycon Milas fazem parte dos veículos de comunicação Centro Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias, e foram presos durante a "Operação Liberdade de Extorsão", da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).
Segundo investigação, o grupo vinha agindo há vários anos e o valor cobrado de cada vítima variada de acordo com o poder aquisitivo de cada um, podendo variar de R$ 100 mil a R$ 300 mil. Além dos três jornalistas referidos, mais dois comunicadores, Naedson Martins da Silva e Antônio Peres Pacheco, foram detidos na operação.
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