O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, agendou para o dia 12 de janeiro de 2026, a audiência de instrução e julgamento dos réus Mikaele Carolina Almeida da Silva e Jozimar da Silva dos Reis, apontados como líderes do Comando Vermelho (CV) no tráfico em Aripuanã (1.000 km de Cuiabá). A decisão é desta quarta-feira (10). A dupla e uma terceira envolvida, Sheila do Nascimento, a 'Nayroby', comandariam o esquema de dentro da cadeia.
O caso foi redistribuído para a 7ª Vara após a realização de uma audiência na 4ª Vara Criminal, na qual foram ouvidas testemunhas comuns às partes. Na ocasião, constatou-se que os fatos ocorridos em setembro de 2025 têm ligação com organização criminosa, justificando a especialização do juízo.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) havia pedido a realização de novo ato processual para o interrogatório dos acusados, além do envio de provas complementares pela Polícia Judiciária Civil e a conexão do processo com dois procedimentos cautelares em andamento. Todos os pedidos foram deferidos.
O envolvimento de Mikaele e Jozimar foram revelados a partir da Operação Primatus, realizados em conjunto com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e Delegacia de Aripuanã.
As investigações ocorreram ao longo de dois meses e apontaram um esquema organizacional dentro do grupo criminoso, com suspeitos responsáveis pela liderança, por julgamentos, pelos castigos (conhecidos popularmente como “salves”), por extorsões a comerciantes, pela distribuição de drogas e até mesmo pelo “controle de qualidade” dos entorpecentes.
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A polícia chegou até outro grupo, composto por empresários, voltado à extorsão de garimpeiros na região. Os criminosos chegavam a cobrar 2% sobre toda a produção de minério, o equivalente a cerca de R$ 12,75 por grama de ouro.
Havia também membros responsáveis por distribuir cestas básicas a pessoas carentes, como forma de cativar as famílias vulneráveis. Essas cestas eram adquiridas com dinheiro do tráfico, ou por pessoas que eram obrigadas a comprar, a mando da facção, por terem cometido algum ato que desagradasse o grupo criminoso.
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