O governo do Estado emitiu um despacho, acolhendo o pedido do agente de tributos estaduais Farley Coelho Moutinho para reformar uma decisão de um processo administrativo disciplinar (PAD) que havia determinado sua demissão da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT) em junho de 2022. O servidor, junto de outros dois colegas, Alfredo Menezes de Matos Júnior e André Neves Fantoni, também demitidos no ano passado, foram alvos da 'Operação Zaqueus', deflagrada em 2017 pela Polícia Civil, para investigar a suspeita de prática dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude processual, coação no curso do processo, estelionato e associação criminosa.
A decisão sobre a reconsideração foi publicada na edição da última sexta-feira (28) do Diário Oficial do Estado de Mato Grosso. Alfredo Menezes de Matos Júnior e André Neves Fantoni não tiveram seus pedidos de readmissão atendidos.
No decorrer das investigações, foi descoberto que cada um dos agentes teriam recebido uma propina de R$ 1,8 milhão para reduzir a multa por sonegação fiscal, por parte da empresa Caramuru Alimentos S/A, de R$ 65 milhões para R$ 315 mil. André Neves Fantoni foi apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como líder do esquema.
LEIA MAIS: Estado demite agentes da Sefaz que recebiam propina em Mato Grosso
O esquema se tornou público depois de o advogado Themystocles Ney de Azevedo de Figueiredo firmar uma colaboração premiada com o Judiciário. Na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), o advogado afirmou ter tido medo de ver seu nome envolvido numa investigação após conhecer, por meio da imprensa, outra denúncia envolvendo a Caramuru Alimentos S/A, na campanha eleitoral de 2016.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
