O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) aumentou de 18 para 21 anos a pena de Hércules de Araújo Agostinho, o Cabo Hércules, ex-pistoleiro de Arcanjo. Ele havia recorrido da condenação, de novembro de 2024, por homicídio duplamente qualificado e aborto não consentido de Maria Ângela da Silva.
Na sessão do dia 18 de junho, os desembargadores da Primeira Câmara Criminal julgaram o recurso em que sua defesa pedia a anulação do julgamento, alegando violação dos princípios de ampla defesa e imparcialidade do júri. Na contramão, o Ministério Público de Mato Grosso (MT) pediu o aumento da pena, uma vez que ele foi o mandante do crime. Na decisão, o colegiado seguiu a relatoria do desembargador Orlando Perri, que acolheu o pedido do MP e aumentou a pena.
De acordo com as investigações, Hércules tinha um caso amoroso com a vítima e combinou com dois comparsas para matá-la porque ela estaria grávida dele e se negava a abortar. No dia do crime, em junho de 2021, Hércules ligou para um telefone público que ficava próximo à casa da vítima, no bairro Vila Vitória em Várzea Grande, e pediu para chamarem ela, como sempre fazia. Enquanto conversavam, os outros dois homens se aproximaram em um veículo, um deles desembarcou e perguntou se ela era Lorrayne. Ao confirmar a identidade, disparou por diversas vezes contra sua cabeça, causando sua morte.
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Com a nova pena, Cabo Hércules, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, passa a ter 206 anos de condenação, considerando outras sentenças de diversos outros crimes cometidos por ele a mando de Arcanjo.
Entre eles estão o assassinato do empresário Sávio Brandão, proprietário do jornal Folha do Estado, as mortes do radialista e empresário Rivelino Jacques Brunini e de Fauze Rachid Jaudy, além da tentativa de homicídio contra o pintor Gisleno Fernandes, em um atentado à luz do dia nas ruas de Cuiabá.
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