O comandante do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (CBM-MT), coronel Alessandro Borges Ferreira, concedeu licença para tratamento de saúde ao capital Daniel Alves de Moura e Silva, denunciado por homicídio no caso Lucas Veloso. Ele é acusado de ter contribuído para a asfixia do aluno soldado durante treinamento na Lagoa Trevisan, em fevereiro deste ano.
De acordo com despacho publicado na imprensa oficial nesta segunda-feira (3), o capitão se afastou das atividades no dia 10 de maio e só retornará no dia 8 de julho, totalizado 58 dias de licença médica. Atualmente, Daniel Alves está lotado na 10ª Companhia Independente de Bombeiro Militar de Sorriso (387 km de Cuiabá).
Conforme narra denúncia, o capitão conduzia o treinamento de salvamento aquático e, na ocasião, determinou que os alunos se organizassem em grupos de quatro militares para realizar uma corrida de cerca de um quilômetro e, na sequência, atravessar o lago a nado.
Após percorrer aproximadamente 100 metros da travessia a nado, o Lucas Veloso passou a ter dificuldades na flutuação e parou para se recompor. Mas Daniel Alves teria determinado ao instrutor Kayk Gomes dos Santos que retirasse do equipamento que sustentava o aluno.
Lucas Veloso ainda teria levado “vários e reiterados caldos”. O aluno chegou a pedir para sair da água, o que não foi permitido. Quando o capitão se posicionou à frente da vítima, percebeu que ele submergiu e voltou à superfície inconsciente.
A vítima foi socorrida e imediatamente os profissionais constatram que “não havia pulsação carotídea, e, portanto, havia entrado em parada cardiorrespiratória”. O aluno morreu no local.
DEFESA QUER ANULAR INQUÉRITO
Defesa do capitão bombeiro Daniel Alves ingressou com recurso pedindo a anulação do Inquérito Policial Militar sobre a morte do aluno soldado. De acordo com a advogada Priscila Porto, que patrocina a defesa de Daniel, recurso baseia-se em vícios encontrados na investigação.
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São apontados pela defesa a irregular nomeação do encarregado, um oficial da reserva sem especialização em salvamento aquático e a ausência de diligências necessárias.
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