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Artigos Sexta-feira, 19 de Junho de 2020, 08:29 - A | A

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Sexta-feira, 19 de Junho de 2020, 08h:29 - A | A

ALIANA CAMARGO

Na frequência das lives

ALIANA CAMARGO COSTA

Arquivo pessoal

Aliana Camargo Costa

As lives são as novas janelas para o mundo, e a necessidade de uma “urgência” em assisti-las já nos induz a pensar, encontrar e promover, num futuro próximo, meio que amenize o sentir através de uma espécie de detox de tecnologia.

Outro dia mesmo fui interpelada por uma colega me perguntando se eu estava conseguindo acompanhar as lives da nossa área de estudo, o que me levou a pensar na urgência e na angústia que certas lives devem dar em quem não as vê. E quando o nosso senso de pertencimento nos faz ter vínculo com pelo menos umas dezenas de grupo do whatsapp as lives criam asas e formam uma verdadeira revoada. Num desses grupos perguntei que reunião que eles iriam fazer e que eu não estava sabendo, porque todos muitos ansiosos só falavam no tal do encontro, nada mais que uma live para fazer com que a nossa relação se estreitasse e vejam só, eu já tinha confirmado a minha participação, mas havia me esquecido (sim, estamos com lapsos de amnésia com tanta informação), tratei de colocar no  despertador que neste dia 21 teremos encontro do grupo para celebrar o dia internacional do yoga; mas também não posso esquecer da live sobre as mudanças de  narrativas para a nova geração na quinta, e sabe lá quantas terei na próxima semana. 

O fato é que ser mãe, pesquisadora, do lar, ter que buscar o equilíbrio todos os dias neste país virado de cabeça pra baixo não me deixa outra alternativa a não ser pensar que realmente não posso ficar fora das lives. 

Quando faço um balanço da semana de quantas lives assisti e como as assisti vejo que o comportamento aqui no isolamento está bem diferente. Geralmente cozinho ouvindo lives, organizo a casa ouvindo lives, até que me dei por conta que para a minha sanidade o meu objeto de poder (o celular) ficaria recluso em minha gaveta ao lado da cama, por precaução, já que a sedução do artefato estava tomando um campo maior do que eu estava gostando, os algoritmos nos levam a nos enredar pelo caminho sem fim dos vídeos.  

Deu certo! Combinei comigo mesma que existem outras coisas com o senso de menos “urgência” e mais leves do que a atraente linguagem proporcionada pelas lives.  Será que esse senso do “novo ao vivo” trará uma nova relação entre amigos, trabalhos, família, pós-pandemia?

 

(*) ALIANA CAMARGO COSTA é jornalista, Mestre em Estudos de Cultura Contemporânea pela UFMT e Doutoranda em Educação pelo Programa de pós-graduação  em Educação da UFMT.

 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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