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Artigos Quinta-feira, 28 de Abril de 2011, 19:14 - A | A

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Quinta-feira, 28 de Abril de 2011, 19h:14 - A | A

Frontera oriente y Fronteira ocidente

Estas linhas foram inspiradas pela leitura de um artigo do Professor Dr. Alfredo da Mota Menezes, que teve a felicidade de lembrar o legado dos irmãos Lacerda (Márcio e José) na luta pela integração da América Latina

CARLOS VEGGI

 

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A palavra frontera não está errada, está, sim, em castelhano. Vemos que até no idioma temos muita semelhança com os vizinhos do ocidente. A fronteira não é apenas uma linha que divide os dois países, há muito mais do que simplesmente coordenadas, itos, rios, córregos e cercas entre a fronteira ocidente do Matogrosso com a fronteira oriente da Bolívia.

Entre os dois países, vivem pessoas com uma cultura peculiar, a cultura fronteiriça, uma mescla de idiomas, gírias, costumes, iguarias, em fim. Uma serie de coisas que integram os dois povos. O fronteiriço pouco está se importando com a linha divisória, ele entende que aquele é seu mundo, aliás, a pergunta. Porquê nos dividiram? Dirão eles..

Contam que nos idos anos 70, na cidade de San Matias acontecia um campeonato de futsal ( na época, futebol de salão e para os bolivianos era fulbito), os times que mais se destacavam eram o União de Cáceres, O Corixa, formado por militares brasileiros que serviam na fronteira e Colegio, time do Colégio Mariscal Santa Cruz da cidade boliviana, era um campeonato disputadíssimo, durava quase um semestre, os jogos eram aos sábado à noite, na final havia festa de confraternização entre os dois povos, bolivianos e brasileiros. Sem dizer que existe um balneário exatamente na fronteira, freqüentado pelos dois ambos, La curicha.

Também é verdade que a criminalidade tem aumentado consideravelmente na região, impulsionada pelo tráfico de drogas e fluxo de veículos roubados no Brasil, aliás. Onde a criminalidade não aumentou?

A integração entre esses dois povos vem sofrendo um cisalhamento por conta de políticas ineficazes, na tentativa de conter o fluxo do narcotráfico, especialmente ao longo da ultima década. O fechamento da fronteira, por barreiras policiais e controles sanitários, tem diminuído o intercambio comercial entre pequenos produtores rurais assentados na região de fronteira, que levavam suas colheitas ao país visinhos e lá atraídos pela valorização do real, acabavam adquirindo outros bens à sua subsistência, tais como vestuários, alimentos, e eletro-eletrônicos. Com isso mantinham um fluxo comercial, gerando emprego e renda na região. E é justamente esse fenômeno que as autoridades constituídas, especialmente do governo anterior não se atentaram para o fato, de que o problema da delinqüência, além de ser um caso policial, o seu efetivo combate é com políticas de caráter social, que gere oportunidade dignas de emprego e renda, a cada emprego e renda gerada no país visinho na região de fronteira, é uma “mula” a menos para o tráfico ( mula é o nome que se dá às pessoas que transportam drogas em pequenas quantidades, especialmente ingeridas ou em genitálias).

Há relatos que atualmente, a integração na fronteira não se dá mais por jovens, que como na década de 70, iam lá praticar esportes ou por pequenos produtores, turistas que iam atraídos por preços menores de combustíveis, roupas, eletrônicos, etc.. Hoje a integração é de organizações criminosas dos dois lados. Que para esse tipo de integração as barreiras policiais de ambos os países nada os afetam, pois, suas estradas geralmente não são as oficiais, mas sim as chamadas cabriteiras.

A integração política, comercial e cultural entre duas nações não deve privilegiar apenas a macro economia, os grandes negócios, deve sim incluir a microeconomia regional, incentivar a integração, o respeito pelas culturas diferentes, os costumes e com eles adquirir conhecimentos, deve-se desenvolver políticas regionais, preservando a vocação local. Espera-se que este governo não dê as costas ao ocidente, como foram os oito anos do governo Maggi, pois Matogrosso tem muito mais a ganhar.

Estas linhas foram inspiradas pela leitura de um artigo do Professor Dr. Alfredo da Mota Menezes, que teve a felicidade de lembrar o legado dos irmãos Lacerda (Márcio e José) na luta pela integração da América Latina e torcemos para que com a ida do Dr José Lacerda à Casa Civil, esta integração tenha continuidade.

(*) CARLOS VEGGI é Consultor Empresarial e Curioso do Mundo. E-mail: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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