Em petição enviada à 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, o clube argumenta que a lei usada como base para o RCE permite uma prorrogação única do prazo, desde que o atraso não seja culpa do devedor. O Corinthians, representado pelos advogados Elias Mubarak e Julio Mandel, alega que vem fazendo todos os esforços para chegar a um acordo com os credores, mas diz que o processo é complexo e envolve muitas partes, o que tem atrasado a conclusão do plano. O clube afirma também que não houve negligência ou falta de ação de sua parte.
O prazo original terminaria no dia 7 de novembro. O Corinthians alega que, caso as ações individuais voltem a tramitar, o RCE pode perder sua eficácia e causar uma "liquidação desordenada dos ativos do clube". Para tentar resolver os impasses, o clube sugeriu uma mediação com os quatro credores que ainda não concordaram com o plano: BC Consultoria, Pix Star, Link Sports e Walter Caetano.
Esses credores afirmam que o atraso não se deve apenas à lentidão da Justiça, mas também à falta de cumprimento das exigências feitas ao Corinthians, o que, segundo eles, é motivo para rejeitar o plano. Também criticam a demora do Judiciário em analisar os pedidos, dizendo que isso favorece o clube.
A Link Sports, empresa do agente de jogadores André Cury, defende que o plano seja rejeitado imediatamente, com a retomada das execuções individuais. Representado pela advogada Adriana Cury, a empresa alega que já foram causados mais prejuízos com a demora na execução do plano. O Corinthians deve R$ 28,8 milhões ao empresário, que lidera a lista de credores.
Os credores mencionam ainda que o Corinthians poderia estar se preparando para pedir Recuperação Judicial em vez de seguir com o RCE, o que aumentaria a urgência da decisão. Eles pedem que a Justiça analise rapidamente as impugnações apresentadas e garanta o andamento regular do processo.
Em julho, o Corinthians enviou à Justiça um plano reformulado para a execução do RCE. A Justiça inicialmente homologou o plano do Corinthians para quitar R$ 367 milhões, mas o valor final estabelecido pelo administrador do processo ficou em R$ 190 milhões, praticamente metade do que o clube estava disposto a pagar.
Isso ocorreu porque, para fins judiciais, foi feita uma reorganização e divisão das listas de credores dentro do processo de RCE. A relação inclui empresários, fornecedores, jogadores com direitos de imagem a receber, entre outros.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.




