O julgamento do mensalão foi retomado hoje (10) no Supremo Tribunal Federal, por volta das 14h30, sem a participação do ministro Marco Aurélio Mello, que está participando de um evento acadêmico.
O ministro havia avisado, na última terça-feira (7), que não estaria presente na sessão de hoje, mas ainda assim encaminhou um documento ao presidente, Carlos Ayres Britto, lido no início da sessão para oficializar o motivo de sua falta. Nenhum advogado questionou a ausência de Marco Aurélio, ao contrário do que ocorreu nessa mesma terça-feira, quando a ministra Cármen Lúcia deixou o plenário do STF mais cedo para comandar a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), corte que ela preside.
O primeiro a ocupar a tribuna é o advogado Guilherme Nostre, que representa o empresário Breno Fischberg na Ação Penal 470. O réu era sócio-proprietário da corretora Bônus-Banval e é acusado de usar a empresa para lavar dinheiro do mensalão para o PP.
A principal linha de defesa é que as operações financeiras intermediadas pela Banval foram legais e que o réu não ganhou qualquer vantagem com os repasses. O advogado deve repetir vários dos argumentos usados ontem (9) a favor do sócio de Fischberg na Bônus-Banval, Enivaldo Quadrado. Ambos respondem pelo crime de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.