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Empreendedor Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2022, 16:15 - A | A

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Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2022, 16h:15 - A | A

CALAGEM ASSERTIVA

Técnica agrega 15 sacas por hectare

Pesquisador da UFMT evidencia resultados científicos e combate mitos no manejo dos solos; confira íntegra da entrevista em podcast

REDAÇÃO

Por muito tempo acreditava-se que o solo da vegetação típica do Centro-oeste brasileiro era improdutivo por conta da característica ácida. "O calcário mudou a realidade do Cerrado", afirma Anderson Lange, engenheiro agrônomo e professor na área de Solos pela UFMT-Sinop. Doutor em Energia Nuclear na Agricultura, desenvolve pesquisas em Mato Grosso com o intuito de estudar o manejo e efeitos da aplicação de calcário nos solos do Cerrado.

"Se não houvesse o uso de calcário, não existiria agricultura no Cerrado. Se pegarmos uma área de pastagem onde o produtor nunca corrigiu (a acidez), a produtividade cai. Não tem como introduzir uma cultura de grãos, por exemplo, em determinado tipo de solo se for muito ácido: a planta não cresce, ela não vai nem produzir", adverte.

A calagem é o processo de correção da acidez do solo por meio da aplicação de calcário, seja em superfície ou em profundidade. Entre os benefícios agregados ao solo e ao produtor rural estão a redução do alumínio tóxico, aumento da atividade microbiana, aumento da disponibilidade de nutrientes do solo, redução da toxidez de elementos tóxicos e o aumento na produtividade da cultura.

Mito da dosagem do calcário - Lange lembra que a tradicional prescrição paranaense de 2,5 toneladas de calcário em superfície para solos argilosos e de 2 toneladas para arenosos não deve ser adotada como uma fórmula padrão. Em seu primeiro experimento em Mato Grosso, foi aplicado 5 toneladas de calcário por hectare. Logo no primeiro ano pós-aplicação já foi possível observar modificações nas características do solo. O pico de reação ocorreu entre o segundo e terceiro ano. A pesquisa, que durou de 2014 a 2018, apresentou respostas de aproximadamente 15 sacas a mais de soja com a dose mais densa de calcário. "Na soja, com o V% (saturação por bases) original que era de 40%, a produtividade foi de 53 a 54 sacas. Já na produtividade mais alta, em que o V% se aproximava de 70%, foi possível atingir 75 sacas por hectare".

Com esse resultado, Lange expandiu sua pesquisa pelo Estado de Mato Grosso. Em 2018, iniciou estudos com altas dosagem do mineral em 5 experimentos: 2 em Sinop, 2 em Sapezal e 1 em Querência. Todas as culturas foram avaliadas nas safras 18/19, 19/20, 20/21 e três delas ainda passarão por mais uma mensuração. A mais nova base de experimentação científica foi instalada em Marcelândia, onde se estuda a aplicação de 12 toneladas de calcário por hectare em solo de área de abertura (novas áreas reservadas à atividade agrícola).

O pesquisador destaca que o objetivo principal, ao qual devota sua dedicação acadêmica, é produzir conhecimento e informação em prol do desenvolvimento do agronegócio, incluindo atenção especial à sustentabilidade. Isso porque, destaca Lange, a incorporação de técnicas que resultem em mais produtividade numa mesma área plantada têm efeito ambiental relevante.

A entrevista completa pode ser conferida no podcast Mundo Agro, sob a apresentação do também professor da UFMT Rogério Coimbra:

 https://open.spotify.com/episode/2zVrnXLo5UgYv4JkVDJVwQ?si=i0COAqfHTKm8JM1V6N3rvw.&nd=1

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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