Além dos fatores macroeconômicos, como inflação elevada, pesou também o impacto dos casos de intoxicação por metanol, segundo o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci. "Isso espalhou pânico entre os consumidores e provocou uma queda na movimentação de alguns estabelecimentos", afirma.
O Brasil registra 46 casos de intoxicação por metanol, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na noite da sexta-feira, 17.
Para o economista e pesquisador da Stone, Guilherme Freitas, a crise do metanol adicionou um fator pontual de incerteza, enquanto o resultado de setembro reflete um ambiente mais desafiador para o setor de alimentação fora do lar. "Apesar de o mercado de trabalho seguir em bom nível, com baixa taxa de desemprego, o ritmo de geração de vagas formais perdeu força e o endividamento das famílias segue elevado", comenta.
Esse quadro limita a renda disponível para consumo e afeta especialmente itens não essenciais, como refeições e bebidas fora de casa, ainda segundo Freitas. "A inflação específica do setor também continua pressionada, com alta acumulada em doze meses, o que encarece o tíquete médio e aumenta o preço", complementa.
Dos 24 Estados contemplados pelo levantamento, apenas dois apresentaram crescimento nas vendas do setor de bares e restaurantes em setembro, na comparação anual: Maranhão (2,6%) e Mato Grosso do Sul (1%).
Já entre os Estados com desempenho negativo, as maiores quedas foram observadas em Roraima (11,5%), Pará (9,9%), Rio de Janeiro e Santa Catarina.
(Com Agência Estado)
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