A expectativa é de que a atividade econômica no Brasil passe por uma desaceleração após um primeiro trimestre forte. "O auge do setor agrícola é insustentável, e provavelmente se normalizará nos próximos trimestres. Além disso, o impacto do aperto monetário se intensificará. As taxas de juros, que começaram o ano em 13,25%, agora estão em 14,75%", afirma o economista-chefe para América Latina Andres Abadia, em relatório.
A Pantheon não descarta a possibilidade de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) faça "aumentos modestos" na Selic, caso a inflação supere as expectativas.
Ainda assim, menciona que a política monetária mais restritiva já está pesando na expansão do crédito, no consumo das famílias e nos investimentos empresariais. Riscos externos - incluindo a interrupção do comércio e a possibilidade de uma desaceleração econômica global - representam ventos contrários adicionais.
2026
Para 2026, a expectativa da Pantheon é de que o crescimento do PIB fique em 1,5%, apoiado pela expectativa de isenção no imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, efeitos de uma base comparativa favorável, e aumento do investimento público.
"Ainda assim, esperamos que o crescimento permaneça moderado em comparação com anos recentes, visto que efeitos defasados da política monetária restritiva continuam pesando na recuperação, com riscos inclinados para o lado negativo", diz Abadia.
As condições globais também podem piorar, com eventual escalada das tensões comerciais. Já no cenário doméstico, a normalização do setor agrícola e a confiança frágil em outros setores podem impedir um impulso forte.
(Com Agência Estado)
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