Dados sobre a participação feminina em profissões ligadas ao sexo masculino mostram que o mundo já não é mais o mesmo. Nesse dia 8 de março, Dia da Mulher, as conquistas apontam que elas estão vencendo o preconceito e indo a busca dos sonhos. Entre as profissões, elas ganham espaço em áreas como engenharia, construção e técnicas agrícolas, por exemplo.
Arenil de Almeida, 37, é motorista do transporte coletivo em Várzea Grande. Ela garante que faz o que gosta e diz que o preconceito maior vem das próprias mulheres. “Quando a gente faz com amor, se dedica porque gosta e assim supera as dificuldades. Dizer que não tem preconceito não dá, ele existe mais por parte das mulheres, parece uma ciumera. Os homens incentivam a buscar nossos sonhos”, revelou.
A paixão pela direção foi incentivada por uma colega. Antes de atuar como motorista, Arenil foi cobradora do transporte coletivo por três anos, mas sempre insistia para o irmão que é mecânico ensiná-la a dirigir.
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Assim que aprendeu a dirigir, ela foi motorista de caminhão de lixo por um ano e meio em Cuiabá até pleitear uma vaga como motorista de transporte coletivo, onde já está há três anos. “Como mãe, dona de casa, filha e esposa, e ainda poder atuar nessa área é maravilhoso”.
Segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (STETT-MT), Ledevino da Conceição, cerca de 80 mulheres atuam como motoristas de cargas, dos transportes intermunicipal, municipal e coletivo.
CONSTRUÇÃO CIVIL
Já o zelo e cuidado característicos das mulheres estão sendo bem aproveitados no quesito excelência para a construção civil. Além de mestres de obra, arquitetas e engenheiras, elas estão fazendo frente no setor de acabamentos, como rejuntar pisos e cerâmicas e também para assentar o material, como azulejistas.
Outra área em que as mulheres também vem despontando é da engenharia.
Dos 2.221 registros efetuados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) em 2013, 489 foram mulheres, incluindo o nível médio que são as técnicas agrícolas.
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Em 2012 foram 352 entre 2.026 registros. Mas o boom da permanência das mulheres nessa área foi em 2011 quando o Crea registrou 584 mulheres de um total de 2.799 registros.
Um exemplo é Cleide Caetano da Silva, 57, que há 27 anos atua como rejuntadora na construção civil, atividade que aprendeu com um engenheiro e o mestre de obra “por conta da necessidade”.
“Amo trabalhar nessa área de rejuntamento. Se estou estressada é só começar a rejuntar que o estresse vai embora. É prazeroso, por isso não parei mais, tinha 29 anos quando comecei”.
Cleide diz que no início da profissão era mais difícil arrumar emprego, ao contrário de hoje. Ela e suas colegas azulejistas sempre estão empregadas e ainda tem serviço para as horas vagas se quiserem. “A procura é grande, o setor da construção civil não para de crescer e sempre tem gente construindo, reformando. Não falta serviço”.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (Sintraicccm), Joaquim Santana, a mulher faz a diferença nesse campo de trabalho.
“Além de sua presença marcante em profissões tipicamente femininas, vemos, com alegria, o crescimento de sua atuação em áreas como a construção civil, modificando o ambiente masculino dos canteiros de obra, humanizando-o devido às suas peculiaridades”.
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Bianca Mello 14/03/2014
Todas nós mulheres temos capacidade de conquistar aquilo que queremos,para isso não precisamos ser melhor e nem maior que ninguém basta apenas cada uma conquistar seu espaço. Arenil de Almeida é assim uma mulher guerreira que para chegar onde esta não precisou humilhar ninguém,conquistou tudo com muita luta e Fé. uma Mulher que sabe do que é capaz... Te Amo Ari (Sogra)
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