Na quinta-feira, o Índice Bovespa fechou com alta de 0,03%, aos 153.338,63 pontos, nova marca histórica. "O momento está pedindo uma realização", afirma Pedro Cutolo, estrategista da ONE Wealth Management.
O principal indicador da B3 cai nesta sexta em meio ao recuo de 1,87% do minério de ferro no fechamento hoje em Dalian. Além do balanço da estatal petrolífera, há uma gama de resultados que está no radar dos investidores o do Magazine Luiza, Suzano, Assai, Lojas Renner, entre outros.
Também sugere cautela ao Ibovespa o recuo das bolsas de Nova York. Investidores esperam discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em busca de sinais da política monetária, em meio a novas falas divergentes de diretores do banco central dos EUA. Será divulgada a pesquisa sobre confiança e expectativas de inflação da Universidade de Michigan, em meio ao 38º do shutdown dos EUA.
Em Nova York, há renovados temores sobre uma possível bolha no setor de tecnologia. Ao mesmo tempo, a balança comercial chinesa de outubro, com queda nas exportações, gera certa cautela, mas sem grandes preocupações, pontua Cutolo. "O dado tem muito barulho, uma consolidação leva mais tempo", afirma o estrategista da One, ao referir-se a eventuais efeitos das tarifas dos EUA a produtos da China.
As preocupações de alguns sobre uma eventual bolha envolvendo empresas de inteligência artificial (IA), avalia William Castro Alves, economista e estrategista-chefe da Avenue, ocorre em meio a uma avaliação do mercado a respeito do valuation de algumas ações ligadas à IA. "Vimos algumas realizações, com o Nasdaq índice de tecnologia da Bolsa de Nova York caindo após altas, mesmo com a temporada de balanços apresentando bons resultados nos Estados Unidos", diz.
Na visão de Castro Alves, a recente valorização em Nova York não sugere uma bolha, mas talvez uma mudança de avaliação, com um questionamento maior por parte dos investidores quanto aos valores de algumas ações. Apesar da queda recente, o Nasdaq, por exemplo, avança 19,38% em 2025.
Na seara de balanços, a Petrobras teve lucro líquido de US$ 6 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 2,7% em um ano e de 27,3% ante o trimestre anterior acima do esperado. A estatal informou ainda que aprovou dividendos de R$ 12,16 bilhões.
Na avaliação da Monte Bravo, os números reportados pela estatal superaram as expectativas, refletindo um bom desempenho operacional. Segundo avalia em nota a corretora, os melhores números operacionais contrabalancearam a geração de caixa, novamente pressionada por um capex ligeiramente mais elevado.
Além dos balanços do terceiro trimestre, fica no radar a informação de que a China retirou nesta sexta-feira a proibição de importação sobre o frango brasileiro. Ainda, o governo brasileiro não descarta escalar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atuar novamente nas negociações com os EUA sobre o tarifaço. Hoje, Lula tem agendas em Belém (PA), onde acompanha mais um dia da Cúpula de Líderes da COP30.
Às 11h30, o Ibovespa caía 0,60%, aos 152.417,52 pontos, na mínima, ante máxima em 153.344,06 pontos, com variação zero, perto do nível da abertura. Petrobras subia 0,39% (PN) e 0,89% (ON), após indefinição. Vale recuava 2,12%. Entre grandes bancos, o recuo máximo era de 1,18% (Bradesco PN).
(Com Agência Estado)
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