Para o Morgan, há sinais de enfraquecimento do apoio à plataforma política atual no Brasil, reporta de Nova York a correspondente do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estados), Aline Bronzati.
Para o banco norte-americano, o Brasil está "barato", e um cenário otimista, agora, é o mais provável. Na avaliação do Morgan Stanley, o calendário eleitoral no Brasil abre oportunidade de mudança na política fiscal.
Desde o início da série de renovações de recordes de fechamento, no último dia 13 - uma semana atrás -, o índice da B3 vinha alternando ganhos e perdas em base diária, tendo atingido na segunda-feira, durante a sessão, pela primeira vez a marca de 140 mil pontos. Nesta terça, conseguiu quebrar o vaivém, obtendo leve alta de 0,34%, aos 140.109,63 pontos, entre mínima de 138.965,50 e nova máxima histórica intradia a 140.243,86 pontos, com giro a R$ 21,7 bilhões. Na semana, avança 0,66% e, no mês, tem alta de 3,73% - no ano, o ganho é de 16,48%.
Até vir a cereja do Morgan Stanley, o dia era fraco, sem nada que contribuísse para fazer muito preço ma sessão, diz Felipe Papini, sócio da One Investimentos. Ele destaca também a relativa recuperação do dólar frente ao real nesta terça-feira, após a moeda americana ter sido afetada na segunda-feira, ante pares e emergentes, pelo rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody's. Aqui, o dólar subiu 0,25%, a R$ 5,6693.
"O rebaixamento da nota de crédito dos EUA aumenta a percepção de risco fiscal, o que tende a elevar os juros de longo prazo (na curva de rendimento dos Treasuries), já que os investidores exigem uma rentabilidade maior para o risco país", acrescenta. E foi o que aconteceu, na segunda como nesta terça, com o vencimento de 2 anos - mais correlacionado à perspectiva de curto prazo para a taxa de juros do Federal Reserve - mostrando yield mais baixo na maior parte da sessão, enquanto os rendimentos dos vencimentos mais longos, de 10 e 30 anos, avançaram mais uma vez.
Na B3, Petrobras teve leve alta na contramão do moderado ajuste do petróleo em boa parte da sessão. O dia foi de recuperação parcial para Banco do Brasil (ON +1,84%) após o tombo de 12% da última sexta-feira e que se estendeu à sessão da segunda, ainda que suavemente. O fechamento também foi positivo para Bradesco (ON +1,71%, PN +0,97%), mas de leve revés para outros papéis do setor bancário que vêm de ganhos, como Itaú (PN -0,13%) e Santander (Unit -0,10%).
Na ponta vencedora do Ibovespa, destaque nesta terça para JBS (+4,79%), Marfrig (+4,31%) e Vamos (+4,21%). No lado oposto, Cogna (-7,79%), Yduqs (-5,07%) e Natura (-3,17%). "O mercado manteve movimentações pontuais. As empresas do setor de educação recuam diante de novas pressões sobre o modelo de ensino a distância, e a Marfrig mostrou leve recuperação após quedas recentes ligadas à gripe aviária", aponta Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.
(Com Agência Estado)
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