Além do impacto potencial sobre as receitas do agronegócio, a suspensão atinge mercados estratégicos, com destaque para China, União Europeia, México e Coreia do Sul, que juntos responderam por mais de US$ 2,7 bilhões do total exportado aos destinos agora embargados. Em volume, foram 1,62 milhão de toneladas enviadas aos nove mercados em 2024, de um total de 5,15 milhões de toneladas exportadas globalmente.
Segundo o Ministério da Agricultura, estão suspensas temporariamente as exportações de produtos avícolas brasileiros para China, União Europeia, Canadá e África do Sul, com interrupção da certificação por parte do Brasil. Já Chile, Argentina, Uruguai, México e Coreia do Sul comunicaram oficialmente a suspensão das importações.
O impacto econômico da suspensão vai depender da duração da medida e da capacidade de o Brasil negociar a regionalização dos embargos.
A expectativa é que os bloqueios totais sejam substituídos por restrições regionais - limitadas ao município de Montenegro, ao raio de 10 quilômetros ao redor ou ao Estado do Rio Grande do Sul, conforme os diferentes acordos sanitários.
Além desses mercados, o Japão suspendeu temporariamente as compras de carne de frango e derivados especificamente do município de Montenegro, em linha com o acordo bilateral.
Os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Filipinas ainda não se manifestaram, mas possuem protocolos que preveem restrições regionais, e não de todo o País.
Exportações por mercado afetado (2024):
China: US$ 1,288 bilhão 561 mil toneladas
União Europeia: US$ 655,3 milhões 230 mil toneladas
México: US$ 533,6 milhões 211,6 mil toneladas
Coreia do Sul: US$ 288 milhões 155,7 mil toneladas
Chile: US$ 245,7 milhões 111 mil toneladas
África do Sul: US$ 186,6 milhões 324,2 mil toneladas
Canadá: US$ 39 milhões 16,7 mil toneladas
Uruguai: US$ 16,3 milhões 6,9 mil toneladas
Argentina: US$ 12,9 milhões 7,4 mil toneladas
(Com Agência Estado)
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