Galípolo ressaltou que, com a taxa de juros em patamar mais elevado, a autoridade monetária busca não deixar dúvidas em relação à sua função de reação e compromisso com a meta de inflação. Essa posição, emendou, corrobora com a estabilidade, diferentemente dos anos anteriores, nas previsões de mercado em relação ao desempenho da economia.
Evitando dar sinalizações que vão além de manter os juros restritivos pelo tempo que for necessário, Galípolo afirmou que, "para a tristeza de quem esperava algum tipo de indicação", o momento é de apontar como o BC vai reagir, e não o que vai fazer nas decisões sobre juros. "Acho que o momento de incerteza demanda muito mais uma postura nesse sentido, para a gente explicar qual é a nossa função de reação e menos dizer o que nós vamos fazer."
A respeito dos possíveis choques decorrentes da política comercial dos Estados Unidos, Galípolo citou a atividade global, as commodities e o câmbio entre os principais canais de transmissão.
O presidente do BC afirmou que a autarquia está e seguirá atento ao cenário inflacionário. Ele comentou que o aumento de 425 pontos-base da Selic está justificado pelo cenário, e que os indicadores estão respondendo como o esperado à transmissão do aperto monetário.
Ainda assim, Galípolo ressaltou que o BC tem monitorado os dados com parcimônia e cautela, e não tem olhado para um único indicador. A posição do BC, pontuou, é entender que juro migrou para patamar contracionista e preservar a flexibilidade para ter a reação necessária à evolução do cenário diante das incertezas. "No nível de Selic em que estamos, período de juro alto passa a ter mais peso", declarou.
(Com Agência Estado)
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