"O carregamento estatístico até o terceiro trimestre já é de 2,2%, similar ao crescimento que a SPE projetava antes para o ano. No entanto, a expectativa continua sendo de crescimento positivo na margem ainda para o quarto trimestre, repercutindo, principalmente, uma leve melhora no desempenho dos serviços", diz a nota informativa da SPE, divulgada nesta quinta-feira, 4.
Mais cedo, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, já havia dito ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o desempenho do PIB no terceiro trimestre mostrava uma desaceleração da atividade em linha com o esperado, e reiterado a expectativa de um crescimento em torno de 2,2% a 2,3% para o acumulado de 2025.
O PIB brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2025, na comparação com o segundo, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,2%, e da estimativa da própria SPE, de 0,3%.
Na nota informativa, a Pasta diz que as revisões realizadas pelo IBGE resultaram em uma revisão para cima no PIB do primeiro semestre, o que acentua a tendência de arrefecimento da economia. "Não se altera a perspectiva de desaquecimento econômico e de fechamento do hiato desenhada do segundo semestre de 2025 em diante", diz a nota da SPE, destacando a redução do carrego estatístico para 2026.
Aberturas
No comparativo interanual, pelo qual o PIB cresceu 1,8%, a SPE destaca o arrefecimento do ritmo de crescimento do consumo das famílias, de 1,8% para 0,4%, refletindo a redução no consumo de bens duráveis, semiduráveis e não duráveis, e nos serviços. "A desaceleração do consumo está associada ao desaquecimento dos mercados de trabalho e crédito no terceiro trimestre, em resposta aos impactos defasados da política monetária restritiva", afirma.
O PIB agropecuário arrefeceu de 11,5% para 10,1%, mantendo-se forte por causa da maior produção de milho, laranja, algodão e trigo, além do abate de bovinos, segundo a pasta. Já a indústria acelerou de 1,1% para 1,7%, puxada pela indústria extrativa e de construção, apesar dos recuos na indústria de transformação e geração de eletricidade e gás, por causa do acionamento das térmicas.
(Com Agência Estado)
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