"O ritmo de cortes foi muito acima da média para o mês", disse Andy Challenger, diretor e especialista em mercado de trabalho da consultoria.
Ele apontou que "alguns setores estão corrigindo excessos após o boom de contratações da pandemia", mas destacou que o movimento também reflete "adoção de inteligência artificial (IA), enfraquecimento do consumo e dos gastos corporativos e custos crescentes".
Com o dado de outubro, os cortes acumulam 1,099 milhão no ano, alta de 65% frente ao mesmo período de 2024 e o maior nível desde 2020.
Segundo a Challenger, quase 450 empresas anunciaram planos de demissões no mês, ante cerca de 400 em setembro. "Este é o maior total para outubro em mais de 20 anos, e o maior para um único mês do quarto trimestre desde 2008", disse Challenger.
O levantamento mostra que a tecnologia liderou os cortes, com 33.281 demissões em outubro, seguida por armazenagem (47.878) e varejo (2.431). No acumulado do ano, os cortes no varejo aumentaram 145%, enquanto o setor de armazenagem registrou salto de 378%.
Challenger observou ainda que as empresas tradicionalmente evitam anunciar cortes no fim do ano, mas que a tendência mudou. "Com o surgimento das redes sociais e a possibilidade de os trabalhadores compartilharem experiências negativas, as empresas passaram a evitar anúncios antes das festas", disse. "Agora, com a criação de empregos em baixa, o impacto desses anúncios é ainda mais sensível."
(Com Agência Estado)
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