O BoE avaliou que o processo de desinflação subjacente continua, sustentado pela postura "ainda restritiva" da política monetária, o que se manifesta na desaceleração dos salários e na moderação dos preços de serviços.
O banco destacou, porém, que "o risco de maior persistência inflacionária tornou-se menos acentuado recentemente", enquanto "o risco para a inflação de médio prazo decorrente de uma demanda mais fraca tornou-se mais evidente", o que torna o balanço de riscos "mais equilibrado".
O Comitê reiterou que a extensão de novos cortes dependerá da evolução das perspectivas para a inflação. "Se o progresso da desinflação continuar, a taxa básica deve seguir um caminho gradualmente descendente", afirma o relatório.
Apesar de ter cortado os juros cinco vezes desde agosto de 2024, a instituição ponderou que as taxas "ainda permanecem suficientemente elevadas para assegurar que a inflação retorne à meta e permaneça nesse nível".
Projeções
O Banco da Inglaterra projeta que a economia do Reino Unido crescerá 1,4% em 2026, ante previsão anterior de 1,3%, com aceleração gradual para 1,7% em 2027 e 1,8% em 2028. Segundo o relatório de política monetária de novembro, a inflação deve cair para 3,2% no primeiro trimestre de 2026, aproximar-se de 2,5% no fim do próximo ano e atingir a meta de 2% no segundo trimestre de 2027, permanecendo próxima desse nível até 2028.
As projeções consideram um cenário de dois cortes de juros até o fim de 2026, levando a taxa básica de 4% para cerca de 3,5%, estável em torno desse patamar até 2028. O desemprego é estimado em 5% nos próximos dois anos, com leve recuo para 4,9% em 2027 e 4,7% em 2028, refletindo o enfraquecimento do mercado de trabalho.
Segundo o BoE, "o risco de maior persistência inflacionária tornou-se menos acentuado recentemente", enquanto "o risco de inflação mais fraca devido à menor demanda tornou-se mais evidente". A autoridade monetária destacou que a atividade econômica segue contida e que a folga crescente na economia tem ajudado a reduzir pressões de preços.
Novos cortes de juros ficam na dependência das perspectivas de inflação
O Comitê de Política Monetária (MPC) reiterou que novos cortes dependerão da evolução das perspectivas para a inflação e que "mais evidências são necessárias" de que o índice caminha de forma sustentada rumo à meta antes de prosseguir com reduções adicionais.
(Com Agência Estado)
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