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Economia Sexta-feira, 04 de Julho de 2025, 08:15 - A | A

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Sexta-feira, 04 de Julho de 2025, 08h:15 - A | A

Brics Brasil: Mauro Vieira contesta que bloco seja contrário ao Ocidente

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, contestou o "absurdo do estereótipo" que o Brics seja um bloco considerado contrário ao Ocidente. A análise do diplomata está na última edição da revista Cebri, publicada esta semana. Para ele, este tipo de avaliação é derivada de análises apressadas ou interessadas. "A atuação dos países do Brics em foros como o G20 desmente na prática o estereótipo segundo o qual se tratava de uma formulação com viés antiocidental", argumentou.

Vieira escreveu o artigo em função da presidência brasileira dos Brics este ano, que culmina na reunião de cúpula a partir deste domingo (6), no Rio. Na visão dele, o bloco constitui um "exercício criativo" de diplomacia muito útil para os dias atuais. "A premissa do mundo em crise nos assalta a cada momento, no celular ou em outras telas por onde nos chega a informação em tempo real: falo da proliferação dos conflitos armados em curso no mundo, das guerras na Ucrânia, Palestina, Mianmar e Sudão ao drama cotidiano da espiral de violência das gangues no Haiti", citou.

O embaixador citou a origem do acrônimo Brics pelo economista Jim ONeill, que se referiu aos "mercados emergentes" Brasil, Rússia, Índia e China e à tendência de que ocupariam participação crescente no PIB mundial, "ONeill criou o acrônimo e defendeu a tese de que era necessária uma reconfiguração do G7 para abrir espaço para esses novos protagonistas, liderados pelo crescimento expressivo da China." Hoje, os membros do bloco se autodeclaram países do "Sul Global".

Faixa de Gaza

Sobre o conflito na Faixa de Gaza, o ministro disse que há uma crise humanitária prolongada e sem solução à vista na Palestina. "Ninguém poderá alegar ignorância, agora ou no futuro, quanto às atrocidades e agressões que têm sido cometidas cotidianamente não apenas em Gaza, mas também na Cisjordânia", pontuou.

Vieira salientou que a Organização das Nações Unidas e seu Conselho de Segurança mostram-se incapazes de promover reformas voltadas a assegurar uma representatividade em sintonia com a realidade geopolítica do século XXI e a oferecer respostas eficazes aos desafios do momento. A reforma da instituição é um dos pontos defendidos pelo Brasil não apenas no Brics, mas também em outros fóruns multilaterais, como o do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20). "A arquitetura de segurança pós-Segunda Guerra Mundial dá claras mostras de esgotamento e requer reformas profundas."

Tarifaço

O texto aborda também o "tarifaço de Trump" e o enfraquecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC), salientando que a recente adoção de medidas comerciais unilaterais pelos Estados Unidos, o uso de tarifas como arma e o risco latente de uma guerra comercial global põem em risco um sistema multilateral de comércio que já se encontrava em crise profunda.

Segundo o ministro, o Brics continuará a falar com uma só voz, a partir de agora reforçada pelo peso ampliado de seus 21 integrantes, entre membros plenos e parceiros. "A expansão fortaleceu o Brics como plataforma para responder aos desafios da atualidade e do futuro, entre eles a defesa da diplomacia e do multilateralismo, cuja reforma e fortalecimento já não podem mais esperar. Somente uma ação coletiva rápida e eficaz pode reverter o atual quadro de debilidade das instituições internacionais", defendeu.

(Com Agência Estado)

 

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