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Cuiabanália Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2013, 13:00 - A | A

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Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2013, 13h:00 - A | A

MISTÉRIOS

Sexta-feira 13: dia do azar não passa de uma lenda ao longo do tempo

DA REDAÇÃO






Vai sucumbindo à passagem do tempo, principalmente com os avanços tecnológicos das últimas décadas, a crença que vem desde a Idade Média, de que o 13 é um número azarado, do mal. Se cai numa sexta-feira, então, aí é que vira número abominável, detestado, amaldiçoado...

Em tempos mais remotos, quem cruzava com um gato preto em dia 13, se fosse numa sexta-feira, caminhava léguas em busca de uma igreja para rezar. E se encontrava um padre, confessava, com medo de ser vítima de uma tragédia no dia e morrer sem prestar contas a Deus dos seus pecados.

Passar debaixo de uma escada nessa data e dia da semana, nem pensar. Alguns empregados, dependendo do serviço que executavam, chegavam a enforcar o dia de trabalho na sexta-feira, 13, para não correr o risco de se distraírem e passar debaixo de uma escada...

Marcos Negrini/Setecs-MT

Alegação para data negativa tem a ver ao longo dos tempos com uma explicação religiosa da Santa Ceia

Dois fatos históricos e religiosos sempre alimentaram a crença de que o número é mesmo do mal. Foi em um dia 13 que Jesus Cristo foi crucificado, após ser traído por Judas Iscariotes, depois da Santa Ceia em cuja mesa em que foi servida o 13º apóstolo era justamente seu algoz.

Mas, de outro lado, existem os fanáticos pelo número 13. Como é o caso do treinador de futebol Mário Jorge Lobo Zagalo. Sempre usando a camisa nº 13, por baixo do agasalho ou do terno, Zagalo foi bicampeão mundial como jogador em 58 na Suécia, em 62 no Chile; em 70 no México, como técnico; e em 1994, nos EUA, na condição de auxiliar de Carlos Alberto Parreira.

"Ainda bem que a ciência não se mistura com crendices", afirma o astrônomo amador e pastor evangélico em Cuiabá, Eduardo Baldaci.

Segundo Baldaci a crença sobre o 13 ser um número azarado, principalmente se cair numa sexta-feira, não tem base científica. “É simplesmente uma crendice que vem de muitos séculos”, destaca.

Para o padre Felisberto Samoel da Cruz, autor do livro “Arquidiocese de Cuiabá História e Vida”, a data não passa de uma lenda, que pode ter surgido em decorrência de Jesus Cristo ter sido crucificado num dia 13, segundo registros sobre a origem do cristianismo.

O ex-pai de santo Leônidas Nogueira da Costa, o Nani Congueiro, como é conhecido na Cidade Alta, ressalta que “essa história de azar do dia 13 numa sexta-feira é pura lenda”.

Mas recorda que quando trabalhava em seu terreiro muita gente o procurava para encomendar “despachos” para resolver problemas sentimentais nas sextas-feiras, 13...

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Reprodução-Brasil Escola

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