Inaugurada há cinco dias com direito a fogos de artifício e presença de autoridades, o viaduto jornalista Clóvis Roberto, na rotatória da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) não tem agradado aos moradores da região. O motivo é a entrega parcial da obra e a ausência de drenagem que possibilitou um verdadeiro “rio” no entorno da construção, assim que a primeira chuva caiu.
No domingo (16), uma intensa precipitação atingiu a Capital e um problema histórico veio à tona: o transbordo do córrego do Barbado que fica localizado na lateral do viaduto.
Para piorar a situação, a obra recém-inaugurada não tem o serviço de reestruturação/readequação da rede pluvial que deveria ser executado pelo Consórcio VLT, responsável pela obra de implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
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O serviço de drenagem considerado pelo Consórcio como “subdimensionado na maioria dos trechos” não está concluído “uma vez que haverá uma interligação com o córrego do Barbado, cuja implantação ainda está sendo definida pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa)”, aponta nota emitida.
Na região, está previsto a execução do conjunto das obras da avenida Parque do Barbado que dará acesso à Estrada do Moinho além do novo acesso à UFMT e à Avenida Archimedes Pereira Lima, mais conhecida como Estrada do Moinho.
Com a indefinição da Secopa, o serviço de drenagem passou a ser realizado em outros trechos ao longo dos 22 quilômetros por onde o VLT será implantado, mas não nas imediações do viaduto que se localiza no ponto de cruzamento entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa, Brasília e Tancredo Neves.
Assim, a intensa chuva aliada à ausência da drenagem fez com que verdadeiro rio se formasse ao pé do viaduto principalmente em frente ao supermercado próximo ao local.
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Filas de carros se formaram ao longo dos 428 metros do viaduto e até alguns motoristas tentaram desviar por rotas alternativas, sem sucesso, já que a água tomou conta do local. Inclusive, imagens circularam na rede social acompanhado de diversas críticas.
No entanto, apesar do problema registrado e que deve permanecer à medida que as chuvas continuem, o Consórcio garante que “os transtornos provocados pela chuva, principalmente pelo excesso dela, em alguns pontos das duas cidades serão sensivelmente reduzidos”.
OUTROS PROBLEMAS
O alagamento não é o primeiro problema que o viaduto da UFMT passou desde sua construção. Em junho, foi constatada a ocorrência de erro no acabamento de um dos pilares instalados para o assentamento das vigas pré-moldadas que suportam a pista elevada. Os pilares estavam localizadas no eixo 4 do elevado.
Na ocasião, especulava-se que a falha era relativa a um erro de cálculo estrutural do viaduto, informação que foi negada pelo Secretário da Copa (Secopa), Maurício Guimarães. Contudo, foi necessário realizar a demolição do pilar.
O viaduto custou R$ 23 milhões e a edificação faz parte do pacote de obras para a implantação VLT que totaliza R$ 1, 4 bilhão
Henrique Mourão 18/12/2013
Todos lembram que a quase uma década houve um grande temporal em Cuiaba onde morreram 15 pessoas. Aí explica a ansiedade de se entregar obras com negligencias que vão causar transtornos futuros. Como vai o VLT trafegar ou "boiar" nesses locais?
Claiton 18/12/2013
...É impressionante como a equipe de Engenheiros não percebem uma coisa básica e simples como essa, ou seja, ali naquele ponto juntamente com o cruzamento em frente a uma loja de Motos, são locais onde sempre há alagamentos por ser uma parte \\\"mais baixa\\\". Esse local está a poucos metros do córrego do Barbado, não teriam nenhuma dificuldade em fazerem uma drenagem daquele local até o córrego. Mas não, ao invés disso preferem ver o trânsito caótico e prejuízos para os condutores e empresários da região. Agora se tiverem o mínimo de bem censo, terão que \"rasgar\" todo o asfalto para colocarem tubulações para drenagem. VOTI CONTÁ VIU!!!
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