Com o aumento do consumo de peixe na Sexta-feira Santa, a busca por pescados no Mercado do Porto, em Cuiabá, cresce e os vendedores se preparam para oferecer dicas do que deve ser observado pelos clientes na hora da compra. A Sexta-feira é uma data religiosa cristã que relembra a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário. É comum fiéis deixarem de comer carne vermelha e irem em busca de carne de peixe, algo ligado à ideia de praticar a caridade.
No pré-feriado, nesta quinta-feira, o movimento no Mercado do Porto já está intenso e a todo vapor com as vendas. As expectativas de vendas dos feirantes estão altas. Para quem ainda não adquiriu o pescado para a Sexta-feira Santa (7), ainda dá tempo de comprar. O local fica aberto, nesta quinta-feira, até as 20h e, nesta sexta, até às 13h. As principais dicas de quem entende do assunto é buscar peixes frescos e, se for congelado, que seja apenas de um dia para o outro, não mais do que isso. No local, também é possível comprar acompanhamentos para uma peixada, como salsinha e cebolinha, dentre diversos outros temperos.
Odil Rodrigues trabalha no Mercado do Porto há 35 anos e divulga que ainda há promoção no box dele. Ele fala que a movimentação aumentou ainda antes da Semana Santa. “Nós estamos mantendo os preços de antes da Semana Santa”, diz o feirante.
O comerciante conta que os pescados do box são de criame e de rio. Caso o cliente não saiba escolher um peixe, ele brinca “pede pro dono da banca escolher, ele dá garantia pra você. Um peixe que tá mais brilhando assim. Um olho bem vivo. O pessoal procura escolher assim. Agora, se você pedir pro dono da banca, ele vai escolher um peixe bonito pra você, porque ele vai querer você pra sempre na sua banca. Não é só pra um dia”, continua Odil.
O vendedor ainda fala que ele também tira as espinhas dos pescados, mas, por conta da Semana Santa, não tem tido tempo suficiente mais para fazer esse trabalho. Relembra que no Mercado do Porto há um setor de limpeza de pescados, onde é cobrada uma taxa para a retirada de espinhas. “Nem pra cortar o peixe pro cliente em cubo, em bife, não tá dando tempo”, expressa.
Willian Guimarães, outro vendedor do local, fala que o movimento está bom e o que estão pegando em produtos estão conseguindo vender. “A demanda tá boa, muito cliente. Apesar que tem muito lugar vendendo peixe”, diz ele.
O vendedor garante que, nesta sexta-feira, ainda haverá estoque para quem vai deixar para última hora. No box dele, o pintado está a R$ 65 o quilo e o pacu de tanque, a R$ 28. Ele indica que o peixe tem que estar sempre fresco e, caso seja congelado, o pescado deve ficar apenas de um dia para o outro. Ele discorda de Odil e fala que “o olho hoje não manda mais nada não, porque o pescador, do jeito que ele traz lá, ele bota no gelo. Então, queima”, explica. Ele ainda ensina que a barriga e a cor da carne do peixe devem ser analisadas para saber se ele está em boas condições.
O feirante Anderson Costa diz que ainda que espera melhora no movimento. Ele compara o movimento com o ano passado e diz que, em 2022, foi melhor. O vendedor indica comprar peixe de rio e piscicultura.
“Ver certinho a banca, onde que é. Porque a honestidade é melhor pra comprar, né. Tem gente que fala que é pintado, mas não é, é jaú, vende enganado né”, fala Anderson. Ele alerta também para desconfiar quanto aos preços. Se for “mais barato, já não é da região. É de fora. É da Amazônia, né”, conta. Na banca dele, estão à venda filé de pirarucu e filé de surubim por R$ 45 o quilo, e o pintado da região, por R$ 65 o quilo.
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