Aliana Camargo/Hipernoticias |
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Trabalhadores em MS estão há 16 dias com obras paradas; em MT, greve chega ao 10º dia e nova negociação será nesta quarta-feira (16) |
Seis trabalhadores representantes dos 460 contratados pela Gutierrez Engenharia, que estão em greve há 10 dias, irão sentar nesta quarta-feira (16) para negociar com representantes da empresa terceirizada para construção da fábrica de cimentos da Votorantim, perto do Distrito de Aguaçu, zona rural de Cuiabá.
Para Rosendo Silva um dos poucos mato-grossenses que trabalham na obra da Votorantim, os trabalhadores ficaram sabendo da greve em Mato Grosso do Sul que completa 16 dias, e estão vendo isso com muita desconfiança, já que começam a pensar que o problema está na empresa Votorantim. “Não sabemos o método como a Votorantim trabalha com as suas empreiteiras”, refletiu.
Além da comissão formada por trabalhadores do Maranhão, Sergipe, Mato Grosso, Piauí e Bahia, o presidente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Mato Grosso também participam da reunião, que começa às 14h no Hotel Veneza.
Para Rosendo Silva, a reunião deverá ser a última negociação. “Estamos confiantes de que o resultado será positivo, até porque eles (Gutierrez Engenharia) tem uma pressão da Votorantim”, disse Rosendo Silva.
Silva disse ainda que 400 trabalhadores que estão construindo a fábrica de cimentos em Três Lagoas, no interior do Mato Grosso Sul, também entraram em greve no dia 1º de novembro. A cidade fica a 337 km de Campo Grande e a empresa Gotardo Construtora é quem comanda as obras.
As informações que chegaram ao comando de greve em Mato Grosso é que a insatisfação dos trabalhadores em Três Lagoas começou pela alimentação. “O cardápio deles se resume ao que nos davam no início também, que é moela de frango, bucho de boi e salsicha cozida”.
As reivindicações em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul estão basicamente no mesmo sentido, que é o fim dos descontos indevidos, remuneração pelas horas “in itinere”, que é o deslocamento do trabalhador ao local de trabalho . Em Cuiabá os funcionários gastam duas horas ida e volta para o alojamento, aumento em 25 % nos salários para quem mora em outros estados. Em Três Lagoas existe também a reivindicação por plano de saúde.
De acordo com informações da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Mato Grosso do Sul, que está intermediando as negociações, trabalhadores de Três Lagoas afirmam que estão sofrendo represálias de policiais que já furtaram dinheiro e aparelhos eletrônicos dos alojamentos em que dormem.
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