Walmir Cavalheri, advogado e amigo pessoal de Renato Nery, declarou em entrevista na quinta-feira (15) que, após uma investigação, foram identificadas várias porções de terra em nome de Nery e de seu sócio. Juntas, essas áreas somariam um valor de mais de R$ 100 milhões.
A entrevista foi concedida por ele e pela filha de Renato Nery, Lívia Nery, ao programa Cadeia Neles, da TV Vila Real.
Walmir, que era colega de profissão, amigo próximo e pessoa de confiança de Renato Nery, respondeu a uma pergunta sobre o valor aproximado das áreas em disputa.
“As áreas de um acordo que acabou sendo efetuado em 2022, e que ficaram para o Renato e o sócio dele, somam cerca de R$ 50 a R$ 100 milhões. É o que foi apontado pela investigação até o momento”, afirmou.
O advogado também detalhou o tamanho das áreas que ficaram com Renato Nery e seu sócio.
“Uma de 790 hectares, que estava em posse ilegal da família Seci; outra de 500 hectares; uma de 113 hectares; outra de 59 hectares; e mais uma de 30 hectares”, declarou Cavalhieri.
Ele ainda explicou que, antes de Nery fazer um acordo com a esposa de um colega, esteve de posse de duas outras terras.
“Antes do acordo com a viúva Vilma, ele também esteve de posse, por um tempo, de uma área de 1.750 hectares de área plantada, além de uma reserva ilegal de quase 500 hectares”, esclareceu.
“Era, portanto, uma área muito grande. Se você computar tudo, o valor ultrapassa facilmente os R$ 100 milhões. Há quem diga que o hectare na região vale 500 sacas de soja, outros falam 800, outros 1.000. Cada um dá o preço com base na sua própria propriedade. No geral, o valor estimado do conjunto das terras gira em torno de R$ 100 a R$ 150 milhões”, completou.
DENÚNCIA
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) formalizou a denúncia contra o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva pelo brutal assassinato do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos. A denúncia, protocolada na última quinta-feira (15), detalha um crime premeditado e com requintes de crueldade.
Os dois foram acusados de homicídio qualificado, com as agravantes de promessa de recompensa, perigo comum, dificuldade de defesa da vítima e idade avançada.
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O crime ocorreu em 5 de julho de 2024, em frente ao escritório da vítima, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Alex, sob a coordenação de Heron, executou Renato Nery com disparos de uma pistola Glock adaptada para tiros em rajada.
A motivação do crime seria uma disputa judicial envolvendo terras e interesses financeiros.
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