O Shopping 3 Américas e o cinema Cineflix programaram uma ação interativa para o lançamento do esperado filme live-action ‘Barbie’. A estreia nos cinemas acontece no dia 20 de julho, quinta-feira. Pelo fato de a vida da protagonista do longa ainda mexer com imaginário coletivo, e não apenas de crianças, a ação no espaço não será restrita apenas aos pequenos. Para os apaixonados pelo mundo cor de rosa de Barbie, assim como a professora Bárbara Nalin, está liberada a entrada na 'caixa da boneca' para tirar foto com sua versão humana.
Bárbara Nalin, de 38 anos, professora da Universidade Federal de Mato Grosso, até os dias atuais guarda algumas bonecas Barbies com que brincava na infância com a irmã. Quando era criança, revela a docente, brincava muito com as bonecas e tinha vários itens da Barbie, como a tão sonhada ‘Casa da Barbie’.
“Eu tinha a casa e tinha alguns móveis, então, isso ajudava pra gente brincar bastante. E eu tinha uma prima e vizinha que também tinham Barbie e alguns itens. Então, a gente se juntava e brincava muito, misturava todos os itens. Como eu tinha a casa, que era grande, cabia muitos itens ali, aí facilitava bastante das amigas irem pra minha casa pra brincar junto. A casa que chamava mais atenção, eu gostava muito de brincar com a casa, pelo tamanho”, lembra.
Arquivo Pessoal
Bárbara mora em Cuiabá, mas é do Rio de Janeiro e cresceu em Niterói. Ela relembra que o pai a levava junto da irmã ao Parque Campo de São Bento, onde todos os finais de semana aconteciam ferinhas. No local, havia algumas barracas onde eram vendidas roupas de Barbie.
“Aquilo pra mim era incrível, porque meu pai nos levava para o Campo de São Bento com esse objetivo específico: comprar a roupinha nova pra Barbie. E eu, pequena, com uns 6, 7 anos, chegava na frente daquela barraquinha, uma barraquinha grande com todo tipo de roupinha. Desde roupinhas mais simples até uniforme, até roupinhas de luxo”, relembra a professora.
AÇÃO DO LANÇAMENTO
“Tem a nostalgia da própria boneca que, com certeza, algumas pessoas mais velhas [do que as crianças] vão querer assistir”, diz Patrick Lima, gerente de marketing do Shopping 3 Américas. “A resposta do Instagram tem sido tão grande. Eu nunca tinha visto. Mulheres adultas dizendo ‘eu vou pegar minha peruca loira, vou chamar não sei quem’. Assim tem sido demais as respostas. E você pode olhar outras marcas que estão aproveitando esse gancho da Barbie”, complementa Diguinho Rodrigues, responsável pela agência de publicidade que atende o shopping.
Reprodução Instagram
A ação do 3 Américas contratou Caroline Heming, uma influencer que se intitula ‘Barbie Aventureira’, para ficar em uma caixa de boneca gigante e tirar fotos com as crianças e adultos nostálgicos que forem assistir ao filme. “A gente quis criar uma expectativa em relação ao lançamento do filme no nosso cinema e fomentar o cinema com a presença de uma Barbie aqui no shopping. E a gente queria alguém que parecesse, mas mais do que parecesse, que se identificasse com o personagem”, explica o gerente de marketing ao dizer que Carol vive o personagem no dia a dia.
A franquia de cinema já havia produzido a caixa de boneca para divulgação do filme. Ligado a isso, o marketing do shopping incrementou a ideia com a boneca humana. “A gente fez a ação com o Homem-Aranha e a gente sentia que as crianças achavam que tavam (sic) realmente ali o Homem-Aranha. Então, a Barbie tinha todo sentido a gente fazer essa ação, porque as crianças se identificam. A gente estava fazendo um dia o making off pro dia 20 e já fizemos diversas fotos com crianças que viram ali e ficaram malucas”, diz Diguinho.
O objetivo da ação também é fomentar o cinema do 3 Américas, já que muitas pessoas acreditam que o cinema do shopping ainda está fechado para reforma.
SEM PADRÕES
Em relação à quebra de padrões que estão sendo inseridos no mundo infantil atualmente por meio da Barbie, a professora Bárbara pontua que acha excelente. “Porque realmente, na minha época, essa discussão não existia. A Barbie tinha somente aquele padrão. E qualquer outra característica podia ser de uma outra boneca, mas que não era exatamente a Barbie. Ela podia ser uma amiga da Barbie, ou outro tipo de boneca. Então, é incrível. Porque é possível inserir a criança mais no mundo dessa brincadeira se ela se sente reconhecida naquelas características, se ela faz parte daquele universo ali também. Então, eu acho que foi excelente pra facilitar a brincadeira, pra que fique mais confortável. E pra que a diversidade seja apresentada à todas as crianças também”, expressa a professora.
Assim como no filme live-action e Barbies com profissões, a professora pondera que retratar a realidade estimula a busca das crianças pelo conhecimento. “Eu imaginava a minha Barbie como uma executiva, trabalhando. Então, eu acho isso muito legal. Essa variedade de profissões que a Barbie pode ter. O mundo da menina fica mais interessante ainda, que a menina pode trabalhar como ela quiser, na profissão que ela quiser, que ela é capaz, né”, comenta.
Por conta do imaginário coletivo nostálgico, a professora acredita que muito mais adultos vão se engajar no live-action do que crianças e adolescentes. Em relação ao filme, Bárbara diz: “Estou ansiosa. Só estou esperando companhia”.
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