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Defensor João Paulo Dias na vistoria realizada nesta madrugada. |
Defensores Públicos de Mato Grosso fizeram visita de surpresa na madrugada desta sexta-feira (13) no Pronto-Socorro de Cuiabá e compararam o tratamento dado aos pacientes, igual às vitimas de campos de concentração. A vistoria da defensoria permitiu a constatação das várias denúncias feitas pelos Sindicato dos Médicos (Sindimed) e Sindicato dos Profissonais de Enfermagem (Sinpen), no qual a situação do hospital é mais crítica do que se pensava.
Sávio Copetti, defensor recém transferido para Cuiabá, disse que os pacientes que estão no pronto-socorro são submetidos à condições subumanas. “Pacientes enfrentam calor intenso, o mau cheiro é terrível, a situação é mesmo crítica. Mais crítica que se pensa. Nunca vi nada igual na minha vida”, sensibiliza-se.
Existe uma sala com as iniciais "AV" (os defensores não tiveram informação sobre o que significa), onde existem cerca de 50 pessoas, macas uma ao lado da outra e acompanhantes que estão dormindo embaixo das macas, no chão. Por meio da assessoria, o defensor João Paulo Dias, avaliou a cena como um verdadeiro campo de concentração.
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Presiadiário internado junto com pacientes comuns. |
Há várias liminares pedindo que sejam transferidos pacientes que estão na UTI do pronto-socorro, onde todos os ar-condicionados estão quebrados, para outras unidades. Porém, poucos pacientes tiveram esse "privilégio." A defensoria vai atuar para saber o por quê do Município ainda não cumprir ordens judiciais.
Defensores querem saber se a ordem judicial proferida pela vara da Fazenda Pública em que obriga o Município a pagar multa diária no valor de R$ 10 mil não está sendo respeitada. Com a multa, a defensoria quer que seja feita contribuição pra construir novo hospital ou a ampliação do pronto-socorro.
Na coletiva de quinta-feira (12) o subdefensor Sávio Copetti disse que medidas serão tomadas para apoiar o Sindimed e o Sinpen. A visita desta sexta foi uma das ações. Segundo Copetti, tudo que foi verificado pelos defensores resultará num relatório em âmbito coletivo e individual, já que muitos necessitam ser encaminhados com urgência para Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) sob o risco de morrer nos corredores do pronto-socorro. O relatório será encaminhado a órgãos internacionais, um dos destinos certos será a Organização dos Estados Americanos (OEA).
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