Uma operação integrada assegurou pronta resposta à sequência de ataques criminosos que atingiu diversos pontos da região metropolitana de Cuiabá na noite desta sexta-feira (11).
Todas as unidades especializadas foram mobilizadas. Mais de 100 viaturas percorreram as ruas e avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, com o apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). A operação ainda segue em andamento.
Setores de inteligência das forças de segurança trabalharam em conjunto durante toda a noite para identificar possíveis ameaças. Na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) foi montado um gabinete de crise.
"Todas as medidas necessárias foram adotadas. Colocamos força total, todo o reforço possível nas ruas, para inibir ações criminosas e trazer tranquilidade à população", aasegurou o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas.
Até a meia-noite, 10 suspeitos haviam sido presos. Entre eles, um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE), Reginaldo Aparecido de Brito, o "RG", apontado como o mentor da onda de ataques.
"Temos indicações seguras de que ele é a liderança que determinou os ataques, de dentro da unidade prisional. Nós estamos apurando qual o formato de comunicação empregado, que certamente não foi único", disse.
Outro preso foi Fabiano Halailthon Rodrigues Souza, o "Peruca". Ele é suspeito de participação no incêndio a um ônibus no ponto final do bairro Pedra 90.
"Nós estamos investigando todas as causas que levaram a isso. Temos algumas informações que estão sendo tratadas em âmbito de inteligência policial, já prendemos algumas pessoas e outras serão presas", afirmou o secretário.
INVESTIGAÇÃO
Desde a noite de sexta-feira (10.06), as forças de segurança pública seguem em investigação após os três ataques a ônibus registrados em Cuiabá e Várzea Grande. O reforço policial nas duas cidades se estenderá durante todo o final de semana.
A polícia investiga se os ataques seriam uma retaliação às consequências da greve dos agentes do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), que provocou a interrupção das visitas nos presídios e do banho de sol dos detentos. A paralisação da classe se deve ao pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).
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