O caso do desparecimento de uma mulher de 29 anos, que deixou o Estado do Pará para tentar a sorte no garimpo ilegal de Pontes e Lacerda (distante 443km de Cuiabá), pode ter seu resultado final como homicídio. Apesar da suspeita, a Polícia Civil ainda trata o caso apenas como sumiço, porém chegou uma denúncia recentemente de que havia um corpo enterrado próximo a um barranco na Serra da Borda.
"Tivemos a informação de que há um corpo enterrado no garimpo. Ainda não há confirmação de que o corpo é da jovem desaparecida”, afirmou o delegado Gilson Silveira, titular da Delegacia de Pontes e Lacerda.
A desaparecida, identificada como Paula Andressa, 29 anos, entrou em contato com a família por telefone no dia 3 deste mês. Ela saiu de São José das Palmeiras (PR) e morou no Pará antes de tentar a sorte na área de garimpo.
A área que a mulher teria desaparecido foi desocupada na terça-feira (25). Com a entrada das forças de Segurança, não existe mais nenhum garimpeiro no local.
Nesta quinta, o Corpo de Bombeiros, com o auxílio de cães farejadores devem se deslocar até a Serra para realizar as buscas pelo tal corpo sepultado que foi informado aos policiais.
Por enquanto, o caso de homicídio ainda não é o ponto principal das investigações, explica o delegado Silveira. "Não podemos afirmar que ela esteja morta, mas o caso ainda é tratado como desaparecimento”, disse.
Na casa onde a jovem morava antes de desaparecer, a polícia encontrou apetrechos usados para a atividade garimpeira e marcas de sangue. No entendimento do delegado, ela estava com as pessoas que entraram na Serra no fim do ano passado e estavam armados com fuzil e espingardas de grosso calibre.
"Ela estava na cidade tentando a sorte como garimpeira. Ela era uma das mulheres que estava de forma ilegal na Serra e andando com as pessoas que são alvos da polícia. Agora é questão de tempo para o caso ter uma solução", contou o delegado.
Histórico
Antes de ir para Pontes e Lacerda, Paula morava Novo Progresso no Pará (PA). Ela era proprietária de uma funerária, que foi vendida para ela se mudar para Pontes e Lacerda na tentativa de fazer um tratamento e posterior trabalhar no garimpço.
Uma prima dela contou que ela fazia uso de remédios controlados no último contato no dia 3 de janeiro ela disse que ia embora até o dia 10 para o Pará, pois o contrato terminaria.
"Os policiais foram na casa dela e encontraram tudo intacto, as bolsas, os móveis, R$ 200 que ela tinha pegado emprestado com um amigo. Até os remédios que ela toma e que são controlados estavam na casa”, contou, explicando que a prima havia sido diagnosticada com depressão de terceiro grau e estava em tratamento.
O caso do desaparecimento foi feito no dia 5 de janeiro e desde então poucas informações sobre o paradeiro da mulher foram repassadas.
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