A presidente da Academia Mato-grossense de Letras (AML), Luciene de Carvalho, caminha à reeleição. A primeira mulher negra eleita por unanimidade para presidir a AML, está à frente da única chapa inscrita à eleição da nova executiva do órgão localizado na Casa Barão, em Cuiabá. A chapa solo não é por falta de potenciais literários para assumir o posto, mas porque a escritora formou o consenso com os demais 'imortais' que compõem a Academia.
A eleição será no dia 13 de setembro. Até lá, a Comissão Eleitoral da AML estará aberta a inscrições. No entanto, o sentimento nos bastidores é para que haja uma votação simbólica, reconhecendo o nome de Luciene para o novo biênio 2026/2027.
"Existe uma surpresa muito grande de compartilhar esse lugar. Na minha história estar na Academia é uma honra imensa e por duas vezes isso acontecer em chapa única é a celebração de muito amor. Somos poucos e precisamos caminhar o melhor que pudermos juntos. É uma honra e também uma vocação", falou a presidente com exclusividade ao HNT nesta segunda-feira (8).
CHAPA ALÉM DO 'FRONT' CUIABANO
Uma das marcas da gestão de Luciene é a descentralização. Pela primeira vez, as reuniões mensais foram levadas além das fronteiras de Cuiabá, chegando a Cáceres e Santo Antônio de Leverger. A presidente também insistiu em uma executiva "mato-grossíssima", quebrando a tradição de ter apenas cuiabanos no colegiado administrativo.
Dr. Odoni Gröss, vice-presidente da chapa é símbolo da meta de descentralização. O 'imortal' de paranatinga ocupa a cadeira 34 que tem Aquilino Leite do Amaral Coutinho como patrono. O cacerense Agnaldo Rodrigues da Silva, primeiro-tesoureiro, endossa o plano de expandir cadeiras a escritores de outras regiões, como forma de ampliar a representatividade.
"Essa é uma preocupação que compartilhamos: levar esse pulso literário para as cidades. E, só conseguiremos isso a partir da elevação da chapa com pessoas de outros municípios. Somos 40 pessoas na Academia, 40 cadeiras e somos uma Academia Mato-grossense, e não Mato-grossense/Cuiabana", ressaltou Luciene.
DNA LITERÁRIO
Ainda quanto à executiva, Luciene comemora a permanência do Conselho Editorial, órgão simbólico por carregar o DNA físico das gestões. Pelas mãos de Marli Walker, Elizabeth Madureira e Olga Castrillon Mendes passaram as obras autorizadas para dar voz à gestão, uma radiografia literária do período que os 'imortais' uniram as mentes para compilar o presente.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.