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Cidades Terça-feira, 07 de Junho de 2011, 11:49 - A | A

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Terça-feira, 07 de Junho de 2011, 11h:49 - A | A

SEGURANÇA PÚBLICA

Investigadores e escrivães falam das deficiências no sistema de segurança

Com paralisação de 48 horas categorias querem ter os salários equiparados ao de perito criminal

ALIANA F. CAMARGO
[email protected]

Widson Maradona/AL

Cerca de 300 investigadores estão na Assembleia Legislativa e pretendem falar com deputados sobre suas reivindicações

Investigadores e escrivães estão na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (07) para serem ouvidos pelos deputados estaduais e prometem ficar o dia inteiro. Além da reestruturação salarial, as categorias denunciaram grande deficiência no setor da Segurança Pública, principalmente no interior do Estado, já que muitos , segundo eles, fazem o papel que deve ser desempenhado pelos delegados.

A reportagem conversou com alguns investigadores e escrivães e observou que além da questão salarial, as categorias reclamam da falta de investimento no sistema de Segurança Pública do Estado, segundo a presidente do Sindicato dos Escrivães da Policia Judiciária Civil (Sindepjuc), Genima Evangelista, há pelo menos 10 anos essa situação se perdura.

Um dos casos interessantes contado por Genima é a situação de uma escrivã em Campo Novo do Parecis que, sozinha, atendeu um flagrante. A profissional fez o boletim de ocorrência (BO), todo o procedimento e por falta de delegado se viu no papel de assinar o inquérito. Por essa medida, a escrivã, que não teve o nome revelado, está sendo processada por falsidade ideológica.

Outro quadro no interior do estado foi revelado pelos investigadores da cidade de Barra do Garças, Carlos Augusto e José Neto. Há 10 anos na profissão, eles contam que o contigente não supre as necessidades e as viaturas são precárias. Cerca de 120 investigadores trabalham para atenderem além de Barra do Garças outras 5 cidades (Novo São Joaquim,General Carneiro, Torixoréu, Araguaiana, Riberãozinho), o que compreende uma população de 82 mil habitantes.

Os profissionais também dizem que não há uma preocupação por parte do governo com a assistência social. “Contamos apenas com uma psicóloga para atender 2 mil trabalhadores (investigadores e escrivães)", comenta Genima.

Para os investigadores a questão principal é o reajuste salarial. O presidente do Sindicato dos Investigadores da Policia Judiciária Civil (Siagespoc), Clédison Gonçalves, 22 anos de profissão, diz que o anseio da categoria é ter o salário equiparado ao perito criminal que recebe hoje R$ 5,3 mil.

O Governo, que também sofre pressão de outras categorias, principalmente da Educação, já mencionou que na Lei Orçamentário Anual (LOA) não há perspectiva de um aumento considerável, principalmente o desejado pelos investigadores e escrivães, embora tenham uma participação importante no setor da segurança do Estado.

DELEGADOS

Os delegados foram citados pelas categorias que, segundo eles, ganham com a verba indenizatória um salário de R$ 18 mil.

Todos os aprovados para os cargos de escrivães e investigadores devem ter nível superior, mas no regimento estadual as carreiras ganham como nível médio, segundo informações da Secretaria de Administração.

O fato é que para alguns, principalmente os que trabalham no interior, as investigações são feitas e todo o processo de um crime, onde se averigua a tipificação, as oitivas (declarações de testemunhas), e o enquadramento do acontecimento no código penal é realizado, muitas vezes por escrivães e investigadores. “A maioria das vezes entregamos para o delegado apenas assinar o inquérito, eles não acompanham o processo todo. No total são 200 delegados, realmente um efetivo pequeno, mas que ganham bem para desempenharem as suas funções”, argumentou Genima


PORTAS FECHADAS

As categorias reclamam que os gestores não estão sentando para abrir canal de negociação. Genima Evangelista, diz que Diógenes Curado (Secretário de Segurança Pública), César Zílio (Administração) e o próprio governador Silval Barbosa não está querendo recebê-los para uma conversa mais pontual.

Widson Maradona/AL

Trabalhadores da Policia Civil querem ganhar o mesmo que o perito criminal - cerca de R$ 5,3 mil


SECRETARIA DE SEGURANÇA

O secretário Diógenes Curado já informou em nota que o trabalho do perito criminal é diferente do realizado pelos escrivães e investigadores e que por isso deve ser revisto e analisado para tomarem um outro caminho. “A ideia de equiparar as profissões não é o caminho mais correto”, avaliou Curado.

No dia 22 de junho cerca de 244 escrivães e 131 investigadores aprovados no último concurso começam a fazer o curso preparatório de cinco meses.

SAD

A Secretaria de Administração informou que suas portas estão abertas. O secretário César Zílio apresentou em entrevista que houve uma reestruturação feita em 2008 e que foram aplicados nos anos de 2009 até 2011, resultando num total de 49% de reajustes.

César Zílio, segundo foi passado pela assessoria, está aberto para dialogar a reestruturação para os anos de 2012 a 2014.

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Widson Maradona/AL

Widson Maradona/AL

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