O monitoramento por satélite em Mato Grosso permite caracterizar a ação do fogo, tanto para identificar o início dos incêndios florestais quando para planejamento de ações preventivas e de combate. Adquirida pelo Programa REM, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, com recursos da Alemanha e Reino Unido, a Plataforma de Monitoramento com Imagens de Satélite Planet monitora o Estado diariamente com resolução espacial de três metros.
Assessoria
Imagens aéreas mostram incêndio que atingiu a Área de Proteção Ambiental de Chapada dos Guimarães
Segundo a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, “A plataforma permite que tenhamos materializado o caminho do fogo. O monitoramento diário mostra como ele evoluiu ao longo do tempo”.
O comandante da Companhia de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Batalhão de Emergências Ambientais, tenente Bombeiro Militar Lucas de Sousa Brito, atesta que as imagens de melhor resolução estão auxiliando nas perícias dos incêndios florestais.
“Em um incêndio de mil hectares, por exemplo, é possível identificar quando o fogo havia atingido menos de três ou quatro hectares, ou seja, o ponto de origem e também conseguimos inferir quais a finalidades da queima”, explica tenente Brito.
Após a averiguação remota, que inclui o monitoramento com imagens por satélite e cruzamento com dados de focos de calor, os peritos podem se deslocar a campo para identificar as causas do incêndio e realizar os procedimentos de responsabilização, quando for o caso.
Além disso, em áreas maiores é possível a identificação dos aceiros, conforme explica o coordenador de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), André Dias. As faixas de terra completamente sem vegetação construídas ao longo de cercas é a principal forma de evitar a propagação do fogo.
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