“Confio 110% na equipe que eu montei”. Com essas palavras, Fabio Galindo Silvestre avisou o governador Pedro Taques (PSDB) que deixaria a Secretaria de Estado de Segurança Pública para voltar a Minas Gerais, onde continuará no cargo vitalício no Ministério Público.
José Medeiros/Gcom-MT
Galindo foi o último dos promotores a avisar se continuaria ou não como secretário de Estado. Com a voz embargada, e muito emocionado, ele disse que confia na equipe que montou e sai com o sentimento de dever cumprido.
“O sentimento de despedida é dos grandes guerreiros. Sei que cumpri meu dever. Eu dediquei todos os minutos da minha vida, enquanto secretário, para fazer o melhor. Posso ter errado, posso ter acertado, mas tenho certeza que fiz seguindo os princípios e valores que me foram introjetados por minha família, pois mato-grossenses de bem dependem da boa atuação da Segurança Pública”, comentou.
Sobre as críticas que recebeu pelo fato de ir às ruas de farda, colete balístico e arma de fogo na cintura, Galindo afirma que tudo que fez foi com a intenção de motivar seus comandados.
“Sempre coloquei o coração na ponta da chuteira. Fiz tudo com dedicação e honestidade com a coisa pública. Se fui pras ruas de colete, à noite, com farda, é para mostrar que deixamos um legado. Um legado com a polícia motivada. Uma tropa com a chama da esperança acesa, tendo como destinatário final o cidadão mato-grossense”, afirmou.
Reprodução
Questionado se o projeto de segurança montado em 1º de janeiro de 2015 pelo governador Pedro Taques seria desmanchado com sua saída da Pasta, Galindo afirmou que não, pois qualquer projeto é maior que a pessoa que está à frente da Secretaria.
“Nós sabemos da grandeza e da magnitude desse projeto, que é levar segurança para o cidadão, e agora, na nossa saída, o governador continua como grande líder. Ele assumindo a pasta, deixa claro que a missão não sofrerá queda alguma”.
A decisão de saída do cargo de secretário de Segurança foi tomada para se adequar à determinação do Supremo Tribunal Federal, que proibiu a nomeação de membros do Ministério Público para cargos fora da instituição. Galindo é concursado do MP de Minas Gerais e deve voltar ao Estado mineiro em começo de abril, para retomar os trabalhos no Gaeco.
Mesmo com problemas na Segurança, criminalidade em alta, mortes em pontos de grande movimentação e aumento em número de roubos na Capital e interior, Galindo acredita na equipe que montou 110%.
“Acredito sim equipe. 110% deles merecem meu respeito. A pasta não sofrerá alteração. Por isso, eles continuarão fazendo o trabalho que eles sabem fazer. Por isso acredito que a pasta não terá um milímetro de recuo do trabalho que já está sendo feito”, concluiu.
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