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Cidades Quinta-feira, 02 de Junho de 2016, 14:14 - A | A

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Quinta-feira, 02 de Junho de 2016, 14h:14 - A | A

VOLTA DOS SANGUESSUGAS

Empresários de Cuiabá lideram esquema nacional de corrupção na Saúde

G1-SP

Luiz Antonio Trevisan Vedoin e Ronildo Pereira de Medeiros, detidos nesta quinta-feira (2), na Operação Sanctorum, em Cuiabá (MT), já haviam sido presos em 2006, no caso que ficou conhecido como Operação Sanguessuga. Os dois, que eram considerados os mentores, novamente foram apontados como os líderes do esquema criminoso, dessa vez aplicado no Oeste Paulista, mas com âmbito nacional, segundo a Polícia Civil.

 

Fernanda Escouto / HiperNotícias

Operação Polícia Civil - Sanguessugas

 

As novas acusações são decorrentes de investigação da Polícia Civil, em Presidente Venceslau. Eles são considerados os líderes do esquema de desvio de verbas de emendas parlamentares de deputados estaduais e federais ainda não identificados que seriam usadas para compras de equipamentos médico-hospitalares para hospitais filantrópicos.

 

Segundo informou a Polícia Civil, o líder da estrutura hierarquizada de característica empresarial é Vedoin, que desde sua prisão, em 2006, “mantém suas atividades sempre vinculadas a contatos com deputados federais, estaduais e senadores na obtenção de verbas parlamentares e consequente implementação no superfaturamento nas aquisições, com restituição de parte do dinheiro aos parlamentares”.

 

“O que, segundo revelado nas investigações, tem ocorrido de forma endêmica com aparelhamento de um esquema criminoso em todo o Brasil, não poupando nem a mais sagrada das verbas – aquela destinada ao atendimento das pessoas carentes da prestação de saúde por meio das Santas Casas”, destacou a polícia.

 

Fernanda Escouto / HiperNotícias

operação policia civil

 

Vedoin é visto nas investigações como uma “espécie de sócio oculto” das empresas fantasmas e não aparece formalmente nos contratos implementados pela organização, “modus operandi diverso do adotado nos crimes relacionados à Operação Sanguessuga”.

 

Ainda conforme a polícia, este papel de líder perante os demais membros da organização, como no caso que envolveu a Santa Casa de Presidente Venceslau, foi confirmado por meio de imagens de reuniões, em que ele aparece conduzindo os diálogos, sempre "sob olhar e fiscalização" de Medeiros e Gilmar Aparecido Alves Bernardes, este último morador de Presidente Prudente e também preso na Operação Sanctorum, nesta quinta-feira (2).

 

“Com efeito, a despeito das medidas de persecução das demais investigações, Luiz Antonio Trevisan Vedoin continua a perpetrar crimes, com tendência voltada a hospitais filantrópicos, agora em maior escala, porquanto atua em todo o Brasil, utiliza um chip telefônico por dia e não seria reconhecido, senão pela análise de vínculo entre ele e Ronildo, conforme auto de reconhecimento pessoal dos possíveis corréus, o que exigiu a apresentação de centenas de registros fotográficos ao reconhecedor”, explicou a Polícia Civil.

 

'Corpos no Rio Paraná'

Já Medeiros, se identificava como "Pereira para evitar ser reconhecido", conforme revelou a corporação, além de indicar as empresas fantasmas que emitiam as notas frias, é acusado de ameaçar o provedor da Santa Casa de Presidente Venceslau, Antonio José Aldrighi dos Santos, e cobrar a quantia combinada no esquema fraudulento, verba que ele considerava de sua propriedade.

 

Fernanda Escouto / HiperNotícias

Operação Polícia Civil - Sanguessugas

 

“Antes mesmo da liberação dos recursos para a Santa Casa de Presidente Venceslau, Pereira, pelo poder de influência que exerce em outras instâncias de poder, teve acesso à informação privilegiada e passou a exercer pressão no provedor, sempre narrando com naturalidade que o valor correspondente às verbas liberadas pertence a ele e, por conseguinte, não deveria ter outra destinação, ainda que para tanto tivessem que matar o provedor ou outros funcionários e lançar os corpos no Rio Paraná”, destacou a investigação da Polícia Civil.

 

A corporação também acrescentou que, "com a mesma naturalidade", ele determinava que os equipamentos fossem recebidos a título de doação e, de forma paralela, seriam emitidas notas de medicamentos como forma de "burlar determinação emanada do Governo do Estado de São Paulo que em medida de higiene financeira orçamentária determinou a alteração para verbas de custeio”.

 

Prisão

A prisão temporária foi requerida pela polícia e decretada por cinco dias pela Justiça. Os dois foram presos em Cuiabá (MT), em suas residências, onde a Polícia Civil também cumpriu mandados de buscas.

 

A dupla será transferida para Presidente Venceslau ainda nesta quinta-feira (2), segundo informou a Polícia Civil.

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