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Cidades Quinta-feira, 19 de Maio de 2022, 15:43 - A | A

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Quinta-feira, 19 de Maio de 2022, 15h:43 - A | A

ACIDENTE NA BR-163

Empresa alega que motorista teria "descansado" enquanto aguardava socorro para ônibus quebrado

De acordo com o advogado Carlos Melgar, que atua para a Expresso Itamarati, o tacógrafo já está com a Polícia Civil para as investigações

MÁRCIA TOMAZ
Da Redação

A empresa Expresso Itamarati afirmou que o motorista Edmilson Pereira, que conduzia o ônibus que colidiu com uma carreta na BR-163 próximo à Vera (461 km ao norte de Cuiabá), na terça-feira (17), dormiu por mais de 4 horas enquanto aguardava auxilio mecânico na estrada, depois de o veículo quebrar a mangueira de água do radiador, portanto, teria descansado. 

Segundo a empresa, na chegada à cidade de Lucas do Rio Verde (336 km ao norte de Cuiabá), a mangueira que leva água para o radiador do ônibus se quebrou e o veículo ficou impossibilitado de trafegar. O motorista, então, pediu suporte à empresa, o socorro demorou mais de 4h para chegar ao local.

O advogado da Expresso Itamarati, Carlos Melgar, afirmou que o motorista não excedeu sua jornada de trabalho, devido ao fato de ficar parado com ônibus na estrada.

"Ele ficou parado mais de 4h. Porque, na verdade, antes de chegar em Lucas do Rio Verde (336 km ao norte de Cuiabá), o ônibus teve problemas mecânicos, quebrou a mangueira do radiador. E, de prontidão, os passageiros que estavam com ele foram transferidos para outro ônibus que passou pelo local. Nisso, ele ficou aguardando a equipe de mecânicos irem prestar auxílio. Neste período, ele repousou, descansou. Quando o mecânico chegou ao local, ele estava dormindo”, explicou o advogado.

O defensor disse ainda que o tacógrafo, aparelho usado em veículos para monitorar tempo de uso, distância percorrida e velocidade, do ônibus vai provar que as declarações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de que o motorista estaria em jornada excessiva de trabalho, não tem fundamento.

“O tacógrafo vai comprovar que não houve essa jornada excessiva. A Polícia Civil já está com aparelho para perícia e as investigações vão comprovar isso", enfatizou o advogado.

Questionado sobre a declaração em relação aos passageiros que teriam deixando o ônibus, o advogado informou que é um procedimento de praxe quando ocorre de o veículo quebrar durante o trajeto da viagem.

"É uma regra, uma norma. Quando o ônibus está quebrado na estrada, os outros ônibus que tiverem vaga levam os passageiros até a próxima rodoviária, até outras empresas ajudam nesses casos. Não ficou ninguém com ele lá. Os passageiros que estavam no veículo no momento do acidente devem ter entrado em Lucas e Sorriso, mas inda é uma informação que estávamos levantando”, declara o advogado.

Na quarta-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) declararam que falhas e imprudência do motorista podem ter ocasionado o acidente entre o ônibus e a carreta carregada de soja na BR-163.

O superintendente da PRF, Francisco Élcio Lima Lucena, declarou que as análises preliminares apontam que o motorista do ônibus possa ter dormindo ao volante e chegou a afirmar que as informações apuradas pela equipe confirmam que Edmilson estava em uma jornada de trabalho superior a 10 horas seguidas.

Segundo Francisco, câmeras da segurança da PRF instaladas na saída de Cuiabá mostram o ônibus passando pelo local pouco mais da meia-noite. O acidente foi registrado poucos minutos antes das 12h do dia seguinte, quando oito pessoas morreram no local e 39 ficaram feridas. Quatro delas continuam hospitalizadas.

Em nota a Empresa, Expresso Itamarati informou que está tranquila quanto à jornada de trabalho do motorista, que não há nada fora da legalidade e que prestará todos os esclarecimentos aos órgãos de investigação.

 

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