Menos de dois meses depois de perder a mãe, vítima de depressão, o estudante do 8º semestre de medicina, Miguel Eduardo dos Santos Araújo, deu o alerta da importância dos familiares em ajudar os pacientes no tratamento da depressão. “A doença não pode ser subestimada pela sociedade e pelos médicos. O paciente precisa de apoio para ir até o fim do tratamento. Infelizmente em um momento de impulsividade minha mãe interrompeu a vida dela”, relatou.
Maria da Paz dos Santos Araújo iniciou o tratamento contra a depressão em fevereiro deste ano e, no dia 17 de junho, ela se enforcou, com 46 anos. Para Miguel Eduardo, a mãe, que era comerciante vivia uma boa fase da vida, e apesar da resistência em manter o tratamento, a família estava sempre por perto para acompanhar.
No mesmo dia da morte da mâe, Miguel gravou um vídeo e posto no Youtube, no vídeo Eduardo destacou a importância de os depressivos procurarem ajuda médica. "Eu aproveitei aquele dia de muita dor para alertar a população. Talvez se eu deixasse para depois não ia fazer", ponderou, ressaltando que recebeu informações positivas acerca do vídeo. "Pessoas vieram me procurar depois que assistiram o vídeo".
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Segundo relatou Miguel, um dia antes ele conversou com a mãe e a mesma estava bem e feliz. “Liguei para ela a noite e conversamos por um tempo, foi o último dia que falei com minha mãe”, relatou enfatizando que na manhã seguinte, Maria levantou-se, preparou o café da manhã e em apenas 30 minutos que ficou sozinha aconteceu “o fato”.
Maria da Paz morava no interior do Estado, em Pontes e Lacerda. Era casada e tinha dois filhos, que moram em Cuiabá para fazer faculdade. Maria trabalhava como cabeleireira.
O alerta que Miguel Eduardo fez é de que muitas vezes os próprios familiares dos pacientes desconhecem a doença e não se empenham em ajudar. Contudo, alguns médicos também não dão a devida importância. “A depressão não é frescura, é preciso haver mudança de pensamento. A pessoa com depressão não consegue notar seu problema. Algumas pessoas pensam que a pessoa tem como mudar, mas não é assim”, sentenciou.
Miguel disse que hoje lembra da sua mãe com muita saudade. “Tenho o sentimento de saudade, para mim ela morreu de uma doença. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Somos bons filho e ela tinha 30 anos de casada. Tenho mais saudade que tristeza”, destacou.
O jovem disse que também já foi vítima de depressão, mas conseguiu levar o tratamento até o fim. “Fiquei um tempo ansioso, depressivo. Busquei o tratamento e aprendi a controlar a minha ansiedade. Tomei remédio e depois que fiz o tratamento consegui dividir o tempo para realizar várias atividades e sem sofrer tanto. Minha família tem dois casos do potencial da doença, uma que tratou e deu certo e outra que não deu”, avaliou.
Para rever o vídeo que Miguel Eduardo fez falando sobre depressão, acesse aqui.
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SERGIO RODRIGO DA SILVA ESPIRITO SANTO 15/09/2022
Infelizmente esse jovem tbm se suicidou ????
Sandra 25/05/2022
Esse rapaz, hj formado, se suicidou tbm ????????????????
Emília M.Moreira Mendonça 08/07/2012
Tenho uma filha que tem depressão,e é como o Miguel Eduardo relatou amnhece bem ou mesmo está bem derepente já começam os maus-humores, as lamentações, baixa estima,fala em suicídio, o vejam hà mais de 10 anos faz tratamentos, com Psiquiatra, Psicólogos, medicações, só que é complicado. Tem mais provoca brigas comigo, a irmã e o pai, é difícil, primeiramente confio muito em Deus e peço sempre a sua cura, mas só a mãe mesmo para ter tanta paciencia, e acredito se não fosse este Deus Misericordioso o pior ja teria aconteceido pois ela já tentou umas duas vezes, tem curso superior na área de ´saúde e faz mestrado, aos familiares digo jamais desista de dar força, acompanhamento no tratamento senão acontece o pior.
3 comentários