Os comerciantes da Capital não estão otimistas com relação às vendas programadas para o Dia das Crianças, que será comemorado nacionalmente na próxima quarta-feira (12).
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Célio Fernandes, o setor trabalha nesse momento de crise com base nos números do ano passado que devem permanecer igual ou menor, visto que o consumidor ainda está apreensivo com novas despesas em função de quando definitivamente o país deixará a crise econômica.
“De uma maneira geral o cenário macroeconômico está começando apontar melhorias. Acredito que a partir do momento que o governo aprovar os cortes necessários e a reforma da previdência acabam sinalizando para o mercado de investimentos, porque assim entra dinheiro de fora nos indicadores e provavelmente a inflação, juros e os investimentos internos começam a refletir no consumidor”, avaliou.
Além da data do Dia das Crianças, o presidente explicou que o setor também não está otimista quanto às vendas de Natal.
“A questão agora é sobreviver à crise. Estimativas apontam que apenas no Carnaval a gente vai começar a retomar o aquecimento nas vendas. Porém, o processo será lento”, afirmou.
Uma das questões apontadas por Célio é que tem empresas que acabam querendo se sobressair aos números e investem em alta campanha publicitária. Na avaliação dele, os empresários acabam tendo essa iniciativa porque o ticket médio de compras deve cair para a faixa de R$ 50.
“E isso acaba dando certo. Mas, é uma maneira mais agressiva de atingir os clientes. Mas, já sabemos que os presentes mais caros, como por exemplo, eletroeletrônicos deixaram de serem adquiridos. A alternativa aponta para brinquedos mais em conta porque os pais também afirmam que estão ensinando os filhos a lidarem com as dificuldades financeiras que a vida não é somente brincadeira, e, nesse mundo real tem muitas pessoas passando problemas”, concluiu.
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