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Cidades Quarta-feira, 08 de Novembro de 2017, 13:50 - A | A

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Quarta-feira, 08 de Novembro de 2017, 13h:50 - A | A

TEMEM ROUBO DE CARGA

Caminhoneiros esperam há cinco dias para descarregar no Atacadão e relatam medo

CAMILLA ZENI

Sob um sol intenso das 9h desta quarta-feira (8), o HiperNotícias foi até o Atacadão da avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, onde se localiza um grupo de caminhoneiros. Alí, pelo menos 12 caminhões aguardam para entrar no pátio da empresa para descarregar produtos. Logo nos primeiros minutos de conversa, o grupo relatou medo e preocupação com as mercadorias.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

fila de carretas no atacadão do tijucal

 Carretas estacionam em fila para aguardar vez para descarga 

A situação causa desconforto aos profissionais, que aguardam em uma longa fila de espera na estrada do Moinho. Mesmo com horário agendado, eles não conseguem descarregar as mercadorias. “Era para eu ter entregue ontem e voltava para São Paulo hoje, mas só devo descarregar hoje. E eu cheguei aqui na segunda-feira cedo”, contou o caminhoneiro que leva goiabada para o supermercado atacadista. “Vou entregar suco de goiaba”, brincou.

 

Da mesma roda, outro caminhoneiro carrega chocolate. “Ah, essa época só vai piorar. Vem Natal, vão trazer mais e mais produtos”, observou. Ele contou à reportagem que o problema aconteceu por uma reforma que a empresa está promovendo. “Eles estão ampliando o pátio, é até para nosso conforto, mas deviam ter feito algo. A gente fica estacionado aqui correndo riscos”.

 

O condutor se refere à diversas situações: estacionados em uma longa fila - que apenas aumenta ao longo do dia, já que o horário de descarga é às 21h -, eles temem o roubo de cargas e acidentes. Enquanto a reportagem esteve no local, diversos veículos passaram pelo grupo. Em pelo menos duas ocasiões os automóveis passavam em velocidade tão acima da média que o som produzido pela ação assustava. “Aí, viu só? Imagina se um carro desse bate na carreta? Está louco”, comentou um dos caminhoneiros.

 

Outra situação que tira o sono é o roubo de cargas. Ganhando a vida com as estradas, desde 1978, um dos caminhoneiros destacou que Cuiabá tem lhe dado muita preocupação. “Graças a Deus, nada nunca me aconteceu”, comentou, observando que roda por todo o país, do sul ao nordeste, oeste e sudeste. “O problema é que aqui a gente fica assim, no canto, sem proteção nem nada. Eles nem pegam nossa Nota, então é tudo responsabilidade nossa”. A nota, em questão, é a Nota Fiscal. Caso a empresa a recolha, passa a ser responsabilidade do Atacadão tudo o que acontece com a mercadoria. Como o documento permanece com os condutores, são eles quem deve responder se algo de errado acontecer.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

fila de carretas no atacadão do tijucal

 

“Aqui tem cerveja, chocolate, goiabada, álcool, peixe na câmara fria… tem de tudo”, explicou outro caminhoneiro do grupo. “Acontece que mesmo com horário marcado a gente não é atendido. E só tem descarga à noite. Se você for lá perguntar, vão falar pra você que estamos aqui porque a gente quer. Que a gente pode voltar à noite. Mas a gente sabe que é fila, se for embora, perde a vez, e já estamos atrasados”, desabafou. “A gente não está aqui porque quer. Volta aqui 15h pra você ver o que é que é ficar nessa fila, nesse sol”.

 

De acordo com o grupo, a empresa disponibiliza o espaço para higiene, um container com box de chuveiro e sanitários para as necessidades. Além disso, há um bebedouro disponibilizado. “Os guardas são tranquilos, é só pedir que eles ajudam. Mas o que pega é ficar aqui, medo pela carga e por acidente”.

 

Outro motorista ainda destacou a presença de agentes da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob). “Os amarelinhos passam aqui, olham, ficam parados. Ninguém fala nada com a gente. Dalí uns meses chega lá em São Paulo uma cartinha de Natal”, comentou, com medo de multas. “Não querem nem saber se estamos aqui por conta da empresa. É tudo culpa nossa. Desconta do caminhoneiro”.

 

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Mobilidade de Cuiabá, que afirmou não estar multando ninguém, mas que se a situação persistir eles vão notificar a empresa e em seguida começar a penalizar pela longa fila deixada na via. 

 

A direção do Atacadão ainda não informou quais medidas irá tomar para resolver a situação dos caminhoneiros. 

 

 

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Joerson Batista Martins 08/11/2017

O. Atacadão fazia o serviço de carga e descarga com o SINTRAMM- SINDICATO DOS TRABALHADORES AVULSOS, simplesmente dispensou o Sindicato, e contratou uma GURIZADA sem nenhuma experiência para o trabalho de braçagem, ganhando um salário mínimo. Nenhum trabalhador avulso trabalha por um salário fixo, mas por produção. A GURIZADA carrega uma caixa, vai no banheiro, fuma, fala no celular, e volta depois de um bom tempo, enquanto que os trabalhadores avulsos, ganham por produção. Se não trabalhar, não ganha. Entendeu a DIFERENÇA?

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