Mayke Toscano/Hipernotícias |
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Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal vão “patrocinar” cursos a policias militares e civis para enfrentarem “novo cangaço” em Mato Grosso. Mas essa iniciativa já desperta polêmica. Um sociólogo considera perigoso e indevido a manutenção de servidores públicos por empresas.
Com base em análise social, o professor em Sociologia e Ciência Política da Universidade de Cuiabá (Unic), João Edison de Sousa, disse que com esse patrocínio, os bancos podem querer atenção voltada para suas agências.
“Os bancos não estão sendo generosos, mas querem fazer uma ilha de segurança para fazer com que os clientes retornem para as agências, que estão sendo esvaziadas porque as pessoas estão com medo de entrar nos bancos”, disse João Edison.
A liberação de investimentos para capacitação de policiais militares também gera dúvida na atenção dada para bancos e população em geral. João Edison afirma que isso causa uma situação tão complexa que ele não enxerga que em um estado de crise, a polícia vá atender indistintamente população versus banco.
“Uma coisa é criar um fundo de combate à violência que vai proporcionar melhores salários e investimentos para os trabalhadores da área de Segurança Pública, outra coisa é ver uma empresa (banco) financiando isso, o que certamente não vai resultar em tratamento igual para todos. Por isso considero perigoso e indevido”, comenta o sociólogo.
DEFESA
O major da Polícia Militar Wancley Rodrigues, secretário Executivo do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), no qual o grupo de trabalho bancário faz parte, explicou a iniciativa das instituições bancárias em investir dinheiro para combater crimes na modalidade “novo cangaço” e na modalidade de roubo a caixas eletrônicos.
A estratégia é iniciar o curso para PMs em cidades do interior que estão mais expostas aos ataques por causa do pouco efetivos e da falta de especialização em enfrentamentos de crises.
“Eles (os bancos) já sinalizaram que vão apoiar algumas ações de segurança pública para integrar os investimentos que serão feitos pela segurança, como investimentos vindos das agências bancárias. Vamos motivar Bradesco, Santander e outras instituições privadas também para que possam apoiar neste sentido. Acredito que não devemos ter grandes problemas”.
O COMEÇO
O projeto piloto, que vai capacitar policiais, começa na cidade de Água Boa (730 km de Cuiabá). O objetivo, de acordo com o major Rodrigues, é capacitar, principalmente, os policiais que ficam mais distantes e que não estão preparados para esse tipo de assalto. O projeto vai se estender para todas as regionais, que são 10, e abrange Policia Militar e Policia Civil.
SINDICATO DOS BANCÁRIOS
Para Arílson da Silva, presidente do Sindicato dos Bancários, a parceria é bem vinda, mas os bancos devem investir em segurança interna e colocar câmeras na área externa das agências.
“É claro que com essa parceria os bancos vão pressionar para querer um resultado melhor e se eximir da responsabilidade de segurança própria”, refletiu Arílson.
O Sindicato dos Bancários está propondo um projeto de lei para aprovação em todas as Câmaras Municipais do Estado. Um das exigências do projeto é a instalação dos biombos, porta giratória, blindagem na fachada e garantia de, no mínimo, dois vigilantes para cada agência.
Os bancos faturaram, somente no primeiro semestre deste ano, cerca de R$ 4 a R$ 7 bilhões.
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Laerte Braga 13/09/2011
Há um acordo firmado entre o STJ e o Banco Mundial que, entre outras coisas, visa garantir a propriedade privada em primeiro momento nas ações judiciais. Esse acordo foi assinado por Ari Pendgler, então presidente do STJ, aquele do chilique no Natal com um funcionário que aguardava sua vez no caixa eletrônico. Pendgler é ligado a grupos sionistas que atuam no Brasil a pretexto de capacitar polícias. As UPPs, uma iniciativa que poderia dar certo, começam a mostrar sua face corrupta e perigosa no Rio. PMs assassinaram uma juíza que cumpria a lei. A OBAN - OPERAÇÃO BANDEIRANTES - foi financiada por empresas contra adversários da ditadura militar. O filme CIDADÃO BOILESEN mostra isso com provas fartas. Banco em si são uma imoralidade. Há a história do banqueiro que tinha um olho de vidro e outro humano. Se chorasse, era o de vidro. Essa iniciativa entra num terreno pantanoso como disse o sociólogo e levanta a matéria que você escreveu. É mais um exemplo da falência do Estado como instituição, do modelo político e econômico, do descaso com o cidadão. Não há preocupação com a violência, tampouco investimentos em segurança, mas apenas interesses de grupos econômicos que controlam o País. Há criminosos, lógico, mas já se buscou uma pesquisa séria para saber quanto crimes são cometidos por policiais militares em todo o País? Polícia é uma instituição civil e assim deveria ser no Brasil. Mas as PMs são resquícios da ordem coronelesca das elites.
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