O agente do Centro Socioeducativo de Cuiabá (Pomeri), Sidney Carlos da Silva Alves, 40, que foi baleado no dia 18 deste mês em uma tentativa de assalto, no Distrito de Sucuri, na capital, morreu na noite de segunda-feira (27), no Pronto-Socorro de Cuiabá. Ele foi baleado enquanto faziam escolta do transporte de dinheiro da empresa de capitalização MT-CAP. Os tiros de espingarda calibre 12 acertaram Sidney e seu companheiro de profissão, Anderson Márcio Pereira da Silva, 36.
Marcus Mesquita/MidiaNews
Caso será investigado pela DHPP
Os agentes tiveram o carro crivado por balas de dois calibres. Um dos tiros acertou as costas de Sidney que ficou com o projétil alojado na espinha. Segundo os médicos do Pronto-Socorro de Cuiabá, se ele resistisse aos ferimentos iria ficar paraplégico. Porém, outros tiros também acertaram seu corpo. No total foram seis disparos em Sidney e outros quatro em Anderson. que teve as mãos, o braço e o ombro ferido.
No dia do crime, o Centro de Integrado de Operações Especiais (Ciosp), recebeu um chamado informando que havia duas pessoas feridas por tiros na região do Distrito de Sucuri, perto de uma distribuidora de bebidas. A chamada informava ainda que os agentes estavam fazendo bico como segurança na empresa MT-CAP. Quando eles chegavam em uma residência para fazer a coleta do dinheiro foram abordados por três a quatro homens que anunciaram um assalto. Os agentes reagiram e dispararam contra os assaltantes, que foram mais ofensivos e na sequencia fugiram sem levar nenhum valor.
Rapidamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez o resgate dos agentes e os levaram ao Pronto-Socorro. Enquanto os agentes passavam por atendimento, a polícia recebeu a informação de que um adolescente foi socorrido na Policlínica do Bairro Verdão com um ferimento de arma de fogo na perna direita. O adolescente, que tem 15 anos, foi transferido ao PSMC. Um dos agentes o reconheceu como integrante do grupo que tentou o assalto e também por ter passagens pelo Pomeri.
Por enquanto esse é o único preso pelo ataque contra os agentes, que é considerado um crime isolado e sem ordens que partiram dos presídios. Vale ressaltar que os agentes tinham contrato temporário com o Estado e no dia do crime faziam três dias que eles haviam sido dispensados do trabalho no Pomeri. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. Por enquanto o Sindicato dos Agentes Penitenciários ainda não se posicionou sobre o crime.
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