Nos últimos 15 dias, três crianças menores de 5 anos morreram afogadas em piscinas de cidades de Mato Grosso. O caso mais recente foi de um bebê de 1 ano, que morreu afogado na piscina de casa, na cidade de Alta Floresta (800 km de Cuiabá), no último dia 5. O menor chegou a ser levado para unidade de saúde, porém, já não apresentava sinais vitais.
Dados do Corpo de Bombeiros apontam que, de janeiro a novembro de 2022, houve 89 mortes por afogamento, sendo 14 deles em Cuiabá e Várzea Grande, consideradas as cidades mais populosas do Estado. O número é mais do que a metade do total registrado durante todo ano de 2021, quando foram 142 mortes em todo o Estado.
Os números de afogamentos de crianças nos últimos dias acendem um alerta para o período de férias escolares, que já iniciou. O Corpo de Bombeiros orienta que as famílias redobrem os cuidados na prevenção.
Segundo a corporação, a piscina é o local onde a maioria dos incidentes com crianças acontece. A atenção com as piscinas precisa ser maior, pois as crianças se afogam rápida e silenciosamente, podendo perder a consciência em apenas dois minutos. Os danos cerebrais ocorrem após cinco minutos de submersão.
Uma criança pode se afogar em cinco, oito centímetros de volume d'água num espço de tempo de apenas 30 segundos. Por isso, baldes, bacias, banheiras e vasos sanitários são locais em que também podem ocorrer afogamentos. São casos menos frequentes, mas acontecem, porque a cabeça e os membros superiores são as partes mais pesadas do corpo de crianças de 4 e 5 anos, fazendo com que percam o equilíbrio ao se inclinarem para a frente. Pelo mesmo motivo, também não conseguem se reerguer facilmente.
"É comum nessa época do ano as famílias buscarem áreas de lazer que, muitas vezes, são em ambientes aquáticos. Por isso, deve se ter alguns cuidados especiais. Nunca deixe as crianças sozinhas perto de rios e piscinas. Lembre-se que devem sempre ser supervisionadas por um adulto. Quem tem piscina em casa, deve sempre tomar o cuidado de a mantê-la isolada de crianças. Sempre com grade ou alguma cobertura que impeça que a criança tenha acesso à água", pontua o comandante adjunto do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, major Emerson Henrique dos Anjos Acendino.
O alerta é vlálido para todas as idades, como reforça o oficial bombeiro. Entre adolescentes, jovens e também adultos, os afogamentos acontecem porque eles costumam se arriscar mais, com a autoconfiança de que sabem nadar e, na maioria das vezes, acabam vindo a ser vítimas de afogamento.
Confira as dicas de prevenção dos bombeiros:
- Não deixe a criança sozinha na banheira, piscina ou qualquer reservatório de água, nem por um instante;
- Evite deixar baldes, bacias com água ao alcance de menores de 5 anos;
- Não deixe atrativos, como brinquedos, próximos ou em recipientes de água;
- Não confie em boias;
- Não permita que seus filhos nadem em piscinas em que não haja proteção nos ralos;
- Em rios e lagos, não entre sem previamente conhecer o local, pois há riscos de afogamento ou mesmo de ser vitima de algum animal aquático (tais como arraia, serpente ou piranhas);
- Evite fazer mergulhos nos rios e lagos, pois existe risco de bater em alguma pedra.
- Se for adentrar a alguma embarcação, lembre-se sempre de usar o colete salva-vidas;
- Evite ingerir bebidas alcoólicas, pois pode prejudicar o seu desempenho quando precisar executar um nado, ou até mesmo diminuir a sua atenção com as crianças.
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