A morte foi divulgada na tarde desta quinta-feira, 25, pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Segundo a entidade, o falecimento de Aurá marca o fim "de uma trajetória de isolamento e resistência de um povo possivelmente extinto".
Aurá foi avistado pela primeira vez em 1987 e costumava rejeitar o contato com outros povos indígenas. Ele e o irmão, Auré, mantiveram-se fiéis à própria língua e costumes, apesar dos esforços da Funai em promover a reintegração social da dupla com outras comunidades.
De acordo com a fundação, Aurá e Auré "pertenciam a um grupo indígena que falava uma língua possivelmente da família Tupi-Guarani".
Desde a morte de Auré, em 2014, Aurá era considerado o último sobrevivente de seu povo. Ele vivia sozinho na aldeia Cocal, na Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão, onde recebia assistência médica, sanitária e social.
O coordenador-geral de Indígenas Isolados e de Recente Contato da Funai, Marco Aurélio Milken Tosta, afirmou que a morte de Aurá evidencia a necessidade de políticas de proteção territorial e cultural dos povos originários. Para ele, a sociedade precisa "reconhecer a importância dos indígenas como protagonistas do futuro de uma nação plural".
Em nota, a Funai lamentou "com pesar o falecimento de Aurá" e reforçou o compromisso de seguir com o trabalho de proteção e valorização dos povos indígenas, "especialmente aqueles em situação de isolamento voluntário ou de recente contato".
(Com Agência Estado)
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